‘Ajuda para morrer’: Emmanuel Macron anuncia projeto de lei que facilita eutanásia

O presidente da França disse que prefere chamar o procedimento de “ajuda para morrer” em vez dos antigos termos “eutanásia” ou “morte assistida”.

Fonte: Guiame, com informações de France 24Atualizado: segunda-feira, 11 de março de 2024 às 14:03
Emmanuel Macron. (Foto: Wikimedia Commons/Remi Jouan)
Emmanuel Macron. (Foto: Wikimedia Commons/Remi Jouan)

O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou no domingo (10) seu apoio à nova legislação sobre o “fim da vida” que vai permitir o que ele chamou de “ajuda para morrer”. 

O projeto de lei será apresentado em maio e faz parte de um relatório do ano passado que indicava que a maioria dos cidadãos franceses apoia a legalização das opções de fim da vida

Numa entrevista publicada pelos jornais franceses La Croix e Liberation, Macron disse que o novo projeto de lei será restrito a adultos que sofrem de doença incurável e que esperam pela morte a “curto ou médio prazo” ou problemas físicos “intratáveis”, além de “dores psicológicas”, conforme mencionou o France 24. 

De acordo com o veículo, Macron informou que as pessoas poderão tomar a medicação em casa, num lar de idosos ou num centro de saúde. Se a sua condição física não lhes permitir fazer isso sozinhas, poderão obter ajuda de alguém de sua escolha, médico ou enfermeiro.

Para o presidente francês, o termo “ajuda para morrer” é mais “simples e humano”, em vez dos termos eutásia ou suicídio assistido

‘Não podemos programar a morte’

A França também é palco de vários protestos contra a cultura da morte — aborto, eutanásia e suicídio assistido. Em janeiro do ano passado, a “La Marche pour La Vie” (Marcha pela Vida) protestou contra os planos do governo francês.

Cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores da associação, reuniram-se nas ruas carregando uma faixa onde estava escrito: “Acompanhe a morte, não a programe”.

Vários palestrantes pró-vida compartilharam seus testemunhos ao final da marcha, explicando que muitas pessoas têm solicitado o procedimento, não por estarem no fim de suas vidas, mas por temerem ser um fardo para suas famílias, conforme o Guiame publicou. 

Um manifestante ainda destacou que “o direito de matar não pode se tornar uma regra supralegislativa ou um direito constitucional. O único direito fundamental é o direito à vida”. 

“Queremos que a proteção da vida humana se torne uma importante causa nacional. Temos propostas, por vezes pequenos passos, para sensibilizar para a necessidade de mudança. Precisamos de políticas de prevenção, de acolhimento à vida, de acompanhamento de pessoas vulneráveis”, acrescentou o presidente da Marcha, Nicolas Tardy-Joubert, na ocasião. 

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