Após conflitos violentos, polícia de Jerusalém limita a entrada de muçulmanos ao Templo do Monte

Muçulmanos com idade abaixo de 50 anos não poderão adentrar o templo. Já para as mulheres muçulmanas, não há restrições de idade.

Fonte: Guiame, com informações do Jerusalem PostAtualizado: domingo, 27 de setembro de 2015 às 19:40

Polícia israelense se posiciona nas escadas da Mesquita de al-Aksa, localizada no conhecido 'Monte do Templo'. (Foto: Times of Israel)

A polícia de Jerusalém impôs neste domingo (27), uma restrição de idade para muçulmanos que desejam entrar no complexo do Monte do Templo, após violentos confrontos no local, durante a manhã. Muçulmanos com idade abaixo de 50 anos não poderão adentrar o templo.

Já no domingo à noite (horário local) as forças de segurança israelenses estavam limitando a entrada para local - considerado sagrado tanto para muçulmanos quanto para judeus. O acesso permaneceu aberto para mulheres de todas as idades.

No domingo anterior, jovens palestinos mascarados atiraram pedras e foguetes contra a polícia de Israel e a Polícia de Fronteiras no Monte do Templo de Jerusalém.

A ato violento ocorreu no último dia do festival muçulmano de Eid al-Adha e na véspera da festa judaica de Sucot. As forças de segurança conseguiram dominar o motim, segundo informações da polícia.

Segundo autoridades israelenses, a medida de limitar a entrada de visitantes neste domingo à noite veio "à luz dessas e outras tentativas de extremistas e elementos violentos para perturbar a ordem e violar a santidade do local".

Um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu Ofir Gendelman postou no Twitter, uma resposta sobre o ato violento, na qual afirmou que visitantes judeus não tinham sido autorizados a entrar no espaço da mesquita al-Aksa, onde a violência ocorreu.

"O Monte do Templo foi fechado hoje para visitantes judeus para o último dia do Eid al-Adha, mas manifestantes palestinos ainda começaram confrontos", disse Gendelman.

"Alguns desordeiros palestinos não conseguiram encontrar visitantes judeus e começaram a atacar o Monte do Templo, começaram a atirar pedras e fogos de artifício no Portão Mughrabi".

Ele acrescentou que Israel não permitiria que manifestantes palestinos contrabandeassem armas para dentro da área do Monte do Templo.

O confronto no local ponto de inflamação é o último de uma série de incidentes recentes.

Confrontos maiores eclodiram em frente ao local, no feriado de Rosh Hashana no início deste mês. Nesses confrontos um policial israelense foi ferido e um número de manifestantes que atiravam pedras contra a polícia israelense foram presos.

O governo jordaniano condenou Israel após motins ocorridos no Rosh Hashana, o que apontou como um "assalto" de locais sagrados muçulmanos na Cidade Velha de Jerusalém.

Relatos na mídia árabe disseram na semana passada que a monarquia Hachemita estava furiosa com o governo israelense sobre as recentes declarações acusando Amman (capital da Jordânia) de desempenhar um papel desestabilizador e fazer vista grossa às provocações de palestinos no Monte do Templo.

O noticiário kuwaitiano 'A-Jarida' informou que o rei Abdullah recusou o pedido de Netanyahu para realizar uma reunião secreta na cidade de Aqaba (região do Mar Vermelho), perto da fronteira com Eilat.

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