Após invadir igreja, vereador do PT vira alvo de pedidos de cassação

O pedido foi apresentado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba.

Fonte: Guiame, com informações do G1Atualizado: terça-feira, 8 de fevereiro de 2022 às 10:53
O petista liderou protesto dentro de igreja em Curitiba. (Foto: Instagram/Renato Freitas)
O petista liderou protesto dentro de igreja em Curitiba. (Foto: Instagram/Renato Freitas)

O vereador Renato Freitas (PT) se tornou alvo de pedidos de cassação do mandato após liderar manifestantes em invasão a uma igreja católica em Curitiba, interrompendo uma missa no último sábado (5).

Os vereadores Éder Borges (PSD), Pier Petruziello (PTB) e Pastor Marciano Alves (Republicanos) protocolaram o pedido nesta segunda-feira (7), cobrando que o caso seja levado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba.

No pedido à Mesa Diretora, Éder Borges classifica o episódio como de “extrema gravidade” e destaca que a conduta dos parlamentares devem ser compatíveis com o Código de Ética e Decoro.

“Pelos vídeos amplamente divulgados nas mídias sociais, pode se ver que o Vereador Renato Freitas, ora representado, juntamente com sua turba enfurecida, por meio de intimidação e atos violentos, obtiveram êxito em seu intento e, frustrando os atos litúrgicos da Missa que estava em pleno andamento, adentraram àquele Templo de fé”, diz Borges na representação.

Pier Petruziello também repudiou o episódio na representação: “Os atos praticados pelo parlamentar foram além do considerado ilegal sob o ponto de vista do direito, mas também feriu a moral social coletiva perante a sociedade, ensejando, inclusive, a manifestação dos setores organizados da sociedade civil.”

Na segunda-feira (7) durante sessão na Câmara, Renato Freitas foi criticado por diversos vereadores, mas negou que o protesto tenha interrompido a missa.

“As imagens mostram que a igreja estava absolutamente vazia. Já se passava das seis da tarde. Entramos e dissemos que nenhum preceito religioso supera a valorização da vida. Lá dentro, afirmamos isso e saímos ordeira e pacificamente, sem que ninguém tivesse se incomodado e eu desafio qualquer um a provar o contrário”, argumentou Renato Freitas.

Sobre o protesto

Um grupo de manifestantes liderado por Renato Freitas invadiu e interrompeu a missa na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, durante pelo congolês Moïse Kabagambe, assassinado no Rio de Janeiro.

De acordo com o Padre Luiz Hass, de 74 anos, uma missa estava acontecendo quando os manifestantes invadiram a igreja. O sacerdote relatou que o grupo permaneceu por cerca de 20 minutos no templo, aos gritos.

“Uma situação insuportável, barulho muito grande, pedimos que abaixassem o som lá fora, saíssem da escadaria. Mas começaram a dizer que era igreja dos negros. Suspendi a missa, porque não tinha como, não era horário para fazer o protesto”, afirmou.

Em nota, o PT no Paraná lamentou o episódio e afirmou que “não participou nem da organização nem da decisão de adentrar o templo religioso”.

O partido ainda seguiu a mesma linha de defesa do vereador: “Há, por parte da imprensa tendenciosa, a manipulação de fatos para prejudicar o Partido dos Trabalhadores, pois os vídeos  evidenciam que no momento em que os manifestantes estiveram no interior da paróquia, a missa já havia terminado e o templo estava vazio.”

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