Arqueólogos acham 12 mãos decepadas, usadas como “troféu” no antigo Egito

A descoberta revelou que os egípcios, povo que escravizou os hebreus na Bíblia, tinham a cultura de decepar a mão direita dos inimigos.

Fonte: Guiame, com informações de The Jerusalem PostAtualizado: segunda-feira, 3 de abril de 2023 às 20:01
A descoberta mostrou que os egípcios tinham a cultura de decepar a mão direita dos inimigos. (Foto: Instituto Arqueológico Austríaco do Cairo e Instituto de Egiptologia).
A descoberta mostrou que os egípcios tinham a cultura de decepar a mão direita dos inimigos. (Foto: Instituto Arqueológico Austríaco do Cairo e Instituto de Egiptologia).

Arqueólogos encontraram 12 mãos decepadas, usadas como troféu de guerra no antigo Egito

A descoberta revelou que os egípcios, povo que escravizou os hebreus na narrativa bíblica, tinham a cultura de decepar a mão direita dos inimigos, como símbolos de suas vitórias.

O estudo sobre o achado foi publicado pela primeira vez na revista Nature, pela autora Julia Gresky, da Divisão de Ciências Naturais do Instituto Arqueológico Alemão de Berlim.

As 12 mãos foram encontradas enterradas, com as palmas para baixo, em três covas diferentes no pátio do antigo palácio egípcio dos hicsos, no sítio arqueológico de Avaris, no nordeste do Egito, hoje também conhecido como Tell el-Dab'a.

O palácio dos hicsos foi construído na 15ª Dinastia (1640 a.c -1530 a.c) e foi capital do Egito durante o Segundo Período Intermediário.

Segundo os pesquisadores, as mãos, que pertenciam a homens adultos, foram encontradas totalmente intactas com tendões e ligamentos, que mantinham os ossos juntos.

Em escavações anteriores, já haviam sido encontradas inscrições de mãos decepadas em tumbas egípcias. Mas, é a primeira vez que arqueólogos acham essas mãos fisicamente.

Prática de guerra

A prática sombria de decapitar os membros dos inimigos, chamada de "tomada de troféus", foi trazida pelo povo hicso para o Egito.

Os pesquisadores do estudo explicaram que os antigos egípcios usavam uma técnica para preservar as mãos enterradas.

De acordo com o The Jerusalem Post, a descoberta ajudou a entender as antigas práticas de guerra e mostrou a influência de culturas estrangeiras no desenvolvimento do Egito.

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