Ataque terrorista próximo a sinagoga deixa 4 mortos e 17 feridos na Áustria

O ataque ocorreu em seis pontos distintos da região central da capital Viena e foi nomeado pelas autoridades do país como um ato de terrorismo.

Fonte: Guiame, com informações da BBCAtualizado: terça-feira, 3 de novembro de 2020 às 11:10
Policial austríaco permanece próximo a cordão de isolamento, em uma das cenas do ataque terrorista em Viena. (Foto: AFP)
Policial austríaco permanece próximo a cordão de isolamento, em uma das cenas do ataque terrorista em Viena. (Foto: AFP)

A polícia da Áustria está à procura procurando pelo menos um dos terroristas, após um ataque com várias armas na capital, Viena, que matou quatro pessoas.

Outras 17 pessoas ficaram feridas — algumas gravemente — depois que homens armados abriram fogo em seis locais diferentes no centro da cidade na noite de segunda-feira.

Um dos terroristas foi morto a tiros pela polícia, disseram as autoridades.

O ministro do Interior, Karl Nehammer, descreveu o homem morto pela polícia como um "terrorista islâmico".

O chanceler Sebastian Kurz reforçou o ponto mais tarde, dizendo que era claramente um ataque impulsionado pelo "ódio ao nosso modo de vida, à nossa democracia".

Entre as pessoas que morreram no atentado estavam duas mulheres e dois homens. Uma das mulheres chegou a ser levada ao hospital, mas acabou morrendo durante a noite, devido aos ferimentos, segundo relatórios.

As vítimas estavam em uma área central da cidade, ocupada com pessoas em bares e restaurantes, próximo à sinagoga central de Viena, mas ainda não está claro se o templo era o alvo.

Nehammer aconselhou as pessoas a ficarem longe do centro, pois a polícia isolou algumas ruas e trouxe reforços. Os pais foram orientados a manter seus filhos em casa na terça-feira, se pudessem.

Sete dos feridos têm ferimentos fatais, segundo a mídia austríaca.

Em entrevista coletiva, Nehammer descreveu o atirador fortemente armado morto pela polícia como um simpatizante do Estado Islâmico (EI). Sua casa foi revistada e materiais de vídeo foram apreendidos, disse o ministro. Ele estava usando um cinto explosivo falso, conforme tuitou a polícia.

Várias prisões foram feitas durante buscas em 15 casas próximas. Dois suspeitos também foram presos em St Pölten, uma cidade a oeste de Viena.

O tiroteio em Viena ocorre após uma série de ataques islâmicos na França.

Investigação

O terrorista morto a tiros tinha 20 anos, era natural da Macedônia do Norte e já havia sido condenado por associação terrorista, conforme disse Nehammer à agência de notícias austríaca APA. Ele tinha cidadania austríaca e da macedônia do norte.

Mais cedo, o ministro disse que pelo menos um terrorista "fortemente armado e perigoso" ainda estava foragido. As autoridades foram citadas dizendo que poderia haver até quatro terroristas envolvidos no ataque.

O chanceler austríaco Sebastian Kurz chamou o episódio de "ataque terrorista repulsivo". O governo o classificou como "um ataque à liberdade e à democracia".

A polícia nomeou seis cenas de crime no centro de Viena: Seitenstettengasse e nas proximidades Morzinplatz, Salzgries, Fleischmarkt, Bauernmarkt e Graben. O terrorista baleado foi morto a tiros pela polícia, próximo à Igreja de St Rupert.

O governo anunciou três dias de luto nacional, começando imediatamente, com bandeiras a meio mastro e um minuto de silêncio ao meio-dia. As escolas também terão um minuto de silêncio pelas vítimas na manhã da próxima quarta-feira (4).

Repercussão

Os líderes europeus condenaram veementemente o tiroteio. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar "profundamente chocado com os terríveis ataques".

O presidente dos EUA, Donald Trump — em campanha antes da eleição desta terça-feira (3) — descreveu-o como "mais um ato vil de terrorismo na Europa".

“Esses ataques malignos contra pessoas inocentes devem parar. Os EUA estão ao lado da Áustria, França e toda a Europa na luta contra terroristas”, ele tuitou.

Seu adversário democrata Joe Biden condenou o "horrível ataque terrorista", acrescentando: "Todos devemos permanecer unidos contra o ódio e a violência".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou o ataque um “ato covarde, que violou a vida e os valores humanos”.

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