Um tribunal do Reino Unido determinou que a atriz Seyi Omooba, demitida por sua visão cristã sobre a homossexualidade, pague £ 300 mil (equivalente a R$ 2,3 milhões na cotação atual) em custas judiciais, depois de perder uma batalha legal.
Omooba iniciou um processo após ter sido retirada em 2019 da peça teatral “The Color Purple”, apresentada no Teatro Curve, em Leicester, na Inglaterra. Ela foi demitida por sua agência, Global Artists, por causa de um comentário sobre homossexualidade nas redes sociais.
A jovem de 26 anos, que é cristã, publicou no Facebook sua opinião sobre a homossexualidade, questionando a prática com versículos bíblicos. O comentário foi postado em 2014.
“Alguns cristãos interpretaram mal a questão da homossexualidade, eles começaram a distorcer a palavra de Deus”, ela escreveu. “Não acredito que você possa nascer gay e não acredito que a prática homossexual seja certa. Embora a lei desta terra a torne legal, não significa que seja certa”.
Seyi disse ainda que “Deus ama a todos”, independentemente de suas decisões, mas os cristãos precisam também “dizer a verdade da palavra de Deus”. “Estou cansada do cristianismo morno, seja inspirado a defender o que você acredita e a verdade”, acrescentou.
O comentário veio a público quando o ator Aaron Lee Lambert, estrela do musical Hamilton, acusou Seyi de hipocrisia por fazer o papel de Celie em The Color Purple. A atriz, que negou que Celie seja uma personagem lésbica, disse que o teatro e seus agentes pediram para que ela se desculpasse, mas ela recusou.
Em fevereiro, um tribunal de trabalho rejeitou seu pedido de discriminação religiosa. Esta semana, ela foi condenada a pagar os custos legais do teatro de quase £ 260.000 e de sua ex-agência, de cerca de £ 54.000, informou o The Times.
Andrea Williams, diretora executiva da Christian Concern, um grupo de defesa do Reino Unido, classifica o caso de Seyi como “mais um exemplo de censura e discriminação anticristãs na Grã-Bretanha moderna”.
Williams afirma que “os custos que eles estão pedindo são 15 vezes maiores do que os custos normais de defesa de um caso no Tribunal” e que a Global Artists e o Teatro Curve realizaram sua própria campanha, “angariando apoio do movimento vociferante do 'LGBTQ + e aliados', e contrataram advogados agressivos, de peso pesado”.
“O Tribunal efetivamente aderiu à campanha de 'cancelamento' de Seyi por suas crenças cristãs”, lamenta Williams. “Ela e nós não estamos intimidados e apelamos desse julgamento chocante que é uma farsa da realidade”.
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