Ceará revela que sofreu resistência no futebol por ser evangélico

Dezessete anos depois de se converter, Ceará passou a ser um dos líderes religiosos dentro do Cruzeiro. Junto com o goleiro Fábio e o zagueiro Léo, ele foi responsável por promover reuniões com o restante do time a fim de pregar a palavra de Deus.

Fonte: Guiame, com informações de Vavel BrasilAtualizado: terça-feira, 6 de outubro de 2015 às 12:24
O lateral-direito do Cruzeiro, Ceará, também é pastor nas igrejas de Belo Horizonte e Região Metropolitana. (Foto: Lance)
O lateral-direito do Cruzeiro, Ceará, também é pastor nas igrejas de Belo Horizonte e Região Metropolitana. (Foto: Lance)

O lateral-direito do Cruzeiro, Ceará, revelou que sofreu resistência no início de sua carreira em clubes como Santos e Coritiba por ser evangélico. O jogador, que também é pastor nas igrejas de Belo Horizonte e Região Metropolitana, disse que as pessoas não são interessadas em entender a fé, em entrevista ao site Vavel Brasil.

“Há muito tempo, quando eu comecei a minha carreira no Santos, eu tive uma pequena resistência por parte do presidente do clube [Samir Abdul-Hak]. Também encontrei resistência no Coritiba, em 2003. As pessoas, às vezes por não conhecer, preferem proibir ou resistir do que propriamente saber como funciona no dia a dia e quais benefícios esse comprometimento com Deus pode trazer para o profissional e para a pessoa que está tendo esse relacionamento com Deus de forma mais íntima”, disse o lateral, de 35 anos.

Dezessete anos depois de se converter, Ceará passou a ser um dos líderes religiosos dentro do Cruzeiro. Junto com o goleiro Fábio e o zagueiro Léo, ele foi responsável por promover reuniões com o restante do time a fim de pregar a palavra de Deus.

“Nós temos na concentração, sempre em vésperas de jogos, uma reunião. Eu e o Léo, juntamente com o Fábio, encabeçamos essa reunião, só que nós não podemos persuadir os atletas a participarem. Nós os convidamos e batemos às portas dos quartos para participarem conosco. Mas não podemos infringir o livre arbítrio de cada um. Então, tem alguns que aceitam o convite e participam conosco, e outros que preferem não participar”, contou.

Ceará comentou sobre a reunião de oração liderada por um pastor evangélico dentro da concentração da Seleção Brasileira, em Boston, nos Estados Unidos. Ceará defendeu reuniões como essa dentro dos clubes, mas se mostrou contra a atitude do pastor Guilherme Batista ao por expor as imagens no Facebook.

“Não tem nenhum problema em fazer a reunião. O problema está em você divulgar. As redes sociais, hoje em dia, podem ser benéficas como pode ser maléficas, então nós temos que saber justamente ter o equilíbrio para respeitar a privacidade de cada atleta. Eu, o Léo e o Fábio nunca divulgamos uma reunião que fazemos na concentração. A gente nunca tirou foto para divulgar em nenhuma rede social, porque esse não é o intuito. O intuito é alcançar os jovens que trabalham conosco no dia a dia e compartilhar a palavra de Deus com eles”, avaliou.

Ceará ainda se posicionou sobre os preconceitos racistas e homofóbicos dentro do futebol. “A gente tem que abominar toda ação preconceituosa. Deus mesmo nos ensina que temos que amar o nosso próximo como a nós mesmos. Então, nós temos que exercer esse amor diariamente, independente da escolha de cada um, da cor, de onde a pessoa nasceu e onde a pessoa cresceu. Eu acredito que o amor é fundamental para aceitarmos essas diferenças que há entre os seres humanos”, ressaltou.

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