Colégios cristãos perdem apoio do governo em Israel

Pelo menos 48 escolas cristãs podem ser fechadas em Israel mesmo com bom desempenho, devido discriminação do Ministério da Educação.

Fonte: Guiame, com informações de Christianity TodayAtualizado: segunda-feira, 8 de junho de 2015 às 20:30
Escolas cristãs, no total, educam cerca de 33 mil alunos, nos quais metade são cristãos e metade são muçulmanos.
Escolas cristãs, no total, educam cerca de 33 mil alunos, nos quais metade são cristãos e metade são muçulmanos.

 

Pelo menos 48 escolas cristãs podem ser fechadas em Israel mesmo com bom desempenho, devido discriminação do Ministério da Educação, de acordo com informações de educadores.

"Durante anos, o Ministério tem cortado o orçamento das escolas cristãs. Nos últimos 10 anos, diminuiu em 45%", disseram os administradores da escola em um comunicado. Em consequência dos cortes no orçamento, as taxas pagas pelos pais dos estudantes aumentaram. 

Muitas dessas escolas cristãs existiam antes da fundação do Estado de Israel, em 1948. Os árabes cristãos têm a maior taxa de aprovação nos exames de matrícula, que  determinam quem é admitido em uma universidade estadual. Escolas cristãs, no total, educam cerca de 33 mil alunos, nos quais metade são cristãos e metade são muçulmanos.

Por outro lado, o Ministério fornece 100% de financiamento para 200 mil estudantes judeus ultra-ortodoxos, em escolas religiosas particulares. Cristãos israelenses acreditam que este tratamento é injusto, já que a legislação nacional israelense proíbe a discriminação na educação. "Em um momento desafiador como este para os cristãos em todo o Oriente Médio, esperamos que Israel lide com esta questão de identidade dos cristãos de uma forma sensível", disse Botrus Mansour, diretor do colégio Nazareth Baptist.
 
Administradores de escolas cristãs querem que o Ministério financie totalmente as escolas cristãs reconhecidas. "O [ministério] fez exatamente isso com duas redes da comunidade judaica ultra-ortodoxa. Certamente, há desigualdade na negociação com os diferentes grupos mencionados", disse Mansour.

Na semana passada, em Jerusalém, mais de 500 pessoas entre pais, alunos, professores e administradores se reuniram para protestar em frente ao Ministério da Educação em nome dessas escolas. Em resposta, o Ministério disse que "as escolas da Igreja, assim como outras escolas que são reconhecidas, mas não oficiais em Israel, estão orçadas de acordo com os parâmetros estabelecidos na legislação".
 
"[Queremos que o Ministério] aprecie o trabalho que as escolas cristãs têm feito em Israel durante décadas", lamenta Mansour.

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