Confeiteiro cristão é condenado por recusar-se a fazer bolo para casamento gay, na Irlanda do Norte

Em resposta à decisão, o gerente geral da confeitaria, Daniel McArthur reforçou que a recusa da empresa em produzir o bolo não se deu em razão da orientação sexual do cliente e que todos são servidos igualmente em sua loja.

Fonte: Guiame, com informações do Christian Head LinesAtualizado: quinta-feira, 21 de maio de 2015 às 13:19
Daniel MacArthur e sua esposa Amy trabalham na gerência da Confeitaria Ashers e tiveram sua empresa penalizada por crime de homofobia.
Daniel MacArthur e sua esposa Amy trabalham na gerência da Confeitaria Ashers e tiveram sua empresa penalizada por crime de homofobia.

Um juiz decidiu na última terça-feira (19), que a confeitaria 'Ashers Bakery', em Belfast (EUA) "agiu ilegalmente e com discriminação" contra Gareth Lee, quando a empresa se recusou a fazer um bolo que que levaria em seu topo, um slogan pró-casamento gay.
 
"Esta é a discriminação direta para a qual não há justificativa", disse o juiz Isobel Brownlie.
 
Em resposta à decisão, o gerente geral da confeitaria, Daniel McArthur reforçou que a recusa da empresa em produzir o bolo não se deu em razão da orientação sexual do cliente e que todos são servidos igualmente em sua loja, independente de sua opção sexual.

"Estamos extremamente desapontados. Dissemos desde o início que o nosso problema foi com a mensagem que iria sobre o bolo e não com o cliente. Nós não sabemos que a orientação sexual do Sr. Lee nunca foi um fator pertinente neste caso. Nós sempre estivemos satisfeitos em servir todos os clientes que entram em nossas lojas", desabafou.
 
Lee denunciou a padaria à 'Comissão de Igualdade na Irlanda do Norte', depois de ter o pedido de seu bolo de casamento recusado pela confeitaria, de acordo com o 'Christian Today'.
 
A confeitaria 'Ashers' foi apoiada pelo Instituto Cristão, que alegou que a empresa tinha o direito de se recusar a fazer o bolo, com base na liberdade religiosa.
 
"Os réus não são uma organização religiosa", disse Brownlie. "Eles realizam um negócio, visando o lucro. Acredito que os réus realmente tinha o conhecimento de que o cliente era gay".

"Por mais que eu reconheça suas crenças religiosas este é um negócio para fornecer o serviço a todos. A lei diz que eles devem fazer isso".
 
McArthur disse: "Como tantos outros, só queremos viver e trabalhar de acordo com nossas crenças religiosas. Sabemos que tomamos a decisão certa diante de Deus e nós não temos arrependimentos sobre o que temos feito".

 

 

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