Confeiteiros se recusam a fazer bolo para casamento gay e são ameaçados

O casal cristão Edie e David Delorme - proprietários de uma 'Bake Shop' se recusou a fazer um bolo para o casamento, afirmando que isso entraria em conflito com sua fé. "Temos o direito de dirigir o nosso negócio de uma forma que honre a Deus", afirmou Edie.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 1 de março de 2016 às 19:10
topos de bolos para casamentos gays, expostos em um casamento duplo, em Hollywood. (Foto: Lucy Nicholson / Reuters)
topos de bolos para casamentos gays, expostos em um casamento duplo, em Hollywood. (Foto: Lucy Nicholson / Reuters)
Os proprietários cristãos de uma confeitaria no Texas afirmam ter recebido ameaças contra os seus negócios e família depois que se recusou a fazer um bolo para um casamento do mesmo sexo em meados de fevereiro.
 
O casal cristão Edie e David Delorme - proprietários de uma 'Bake Shop' de Kern, em Longview, Texas - se recusou a fazer um bolo para o casamento de Ben Valencia e Luis Marmolejo, pois isso entraria em conflito com a sua crença religiosa (cristã), que considera que o casamento homossexual viola a definição do casamento feita inicialmente por Deus.
 
De acordo com o repórter da Fox News, Todd Starnes, o casal (proprietários da confeitaria) educadamente se recusaram fazer o bolo para o casamengo gay e ofereceram ao casal gay, uma lista de padarias que poderiam fazer o bolo para eles.
 
"Eu fui aberta com eles", explicou Edie. "Eu disse: 'Sinto muito, mas nós não fornecemos bolos para casamentos entre pessoas do mesmo sexo".
 
"Nós não fazemos bolos que possam ser incompatíveis com as nossas convicções espirituais", ela continuou. "Não era algo pessoal contra os dois jovens. Nós apenas precisamos de ter o direito de dirigir o nosso negócio de uma forma que honre a Deus".
 
Cerca de uma semana depois que os Delormes receberam o casal em sua loja, um jornal de Longview noticiou o caso em um artigo, que citou Valencia, dizendo que foi rejeitado pela padaria e que sentiu-se "desumanizado".
 
Edie Delmore explicou ao The News-Journal que ela e seu marido recusaram outras oportunidades de negócios que entravam em conflito com a sua fé por outras razões além de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
 
Pouco depois que o relato do News-Journal, foi publicado, outros sites de notícias escreveram sobre o incidente e, eventualmente, os proprietários da confeitaria começaram a receber mensagens ameaçadoras e comentários on-line.
 
Embora nenhuma acusação ou processo tenha sido arquivado contra os confeiteiros, eles optaram por registrar uma representação legal no Instituto da Liberdade Primeira - anteriormente conhecido como o Instituto Liberdade e agora fazendo menção à Primeira Emenda da Constituição Americana, que preza pela liberdade de expressão e de consciência.
 
"Eles têm recebido, infelizmente, algumas ameaças", disse o Conselhor Sênior do Instituto, Michael Berry, ao News-Journal na sexta-feira. "No começo, [estas mensagens] pareciam ser apenas uma espécie desagradável de mensagens típicas de mau gosto que as pessoas estavam postando. Mas, recentemente, tem havido algumas ameaças físicas, contra sua família e ameaças e também contra o estabelecimento".
 
Starnes relata que um número de pessoas que se irritaram com a atitude dos proprietários da confeitaria em se recusar a fazer o bolo para o casamento gay publicaram comentários depreciativos sobre em diversas plataformas de mídia social, chamando o casal Delormes de "racista" e "homofóbico".
 
"Vejo você no inferno, senhora", dizia uma mensagem de ódio. "Criminosos racistas".
 
Berry opinou que a reação social, voltada contra os confeiteiros por agir de acordo com as suas convicções religiosas é um indicativo do conceito distorcido das "liberdades individuais" nos Estados Unidos.
 
"Ultimamente, quando estamos tentando promover a tolerância e aceitação de todos os pontos de vista, o que isso diz sobre a nossa opinião com relação à liberdade individual neste país, quando uma família e sua empresa familiar estão agora recebendo ameaças?", Berry perguntou. "Eu só acho que isso diz muito sobre a nossa perspectiva de liberdade individual".
 
O confeiteiro David Delorme disse a Starnes (repórter) que ele está preocupado com as ameaças contra ele e sua família.
 
"Há algo de errado com isso", disse Delorme. "Os homossexuais têm o direito de viver suas vidas. [...] Mas nós queremos viver e praticar a nossa fé, além de comandar nossa confeitaria de uma maneira que honre a Deus".
 

Casos semelhantes
Este não foi primeiro caso em que um casal de empresários cristãos sofreu processos ou ameaças, após terem se posicionado sobre o casamento gay. O casal - também de confeiteiros - Melissa e Aaron Klein chegaram a ser multados em 135.000 dólares pelo estado de Oregon por sua recusa em fazer um bolo para um casamento do gay em 2013 e agora a padaria do casal fechou as portas.
 
Os Klein também estão sendo representados pelo mesmo instituto que está apoiando os Delorme e, finalmente, terão seu caso ouvido pelo Tribunal de Apelações de Oregon (EUA) no final deste ano (2016).

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