Crime de "transfobia" pode gerar multa de até 250 mil dólares nos EUA

Em Nova York, a violação destas novas leis anti-discriminação pode custar até 250.000 dólares por uma única ofensa. Mas o que esta legislação pode gerar exatamente?

Fonte: Guiame, Michael Brown (Christian Post)Atualizado: sexta-feira, 8 de janeiro de 2016 às 19:39

Nos últimos dias e semanas, apesar do pouco alarde público, foi promulgada uma legislação radical em Nova York e Washington com o objetivo de "proteger os direitos das pessoas que se identificam como transgênero" - às custas de todas as outras e quando eu digo "custo" não estou exagerando

Em Nova York, a violação destas novas leis pode custar até 250.000 dólares por uma única ofensa.

Mas o que esta legislação pode gerar exatamente?

Ao invés de dar-lhe um monte de jargões jurídicos, eu vou dar-lhe alguns exemplos práticos.

Digamos que você possui uma academia onde os homens e mulheres vão para malhar e entrar em forma.

Um homem entra - pelo menos, ao que tudo indica ele é um homem - mas ele se dirige à entrada do vestiário das mulheres para se trocar.

Você se aproxima dele e diz: "Senhor, eu sinto muito, mas você está indo para o banheiro das mulheres. O vestiário dos homens está do outro lado do corredor".

Ele responde: "Primeiro, eu não sou 'senhor', eu sou 'madame'. Em segundo lugar, eu tenho o direito legal de usar o vestiário com o qual eu me identifico, e eu me identifico como uma mulher".

Se você se recusar a se referir a ele como ela, você infrigiu a lei e pode ser multado.

Se você se recusar a deixá-lo usar o vestiário das mulheres, onde as senhoras não estão esperando a entrada de um macho biológico, nem estão esperando que vá tomar banho ao lado delas, você também estará infrigindo a lei e poderá ser multado.

E se você decidir pedir a prova de que este homem realmente se identifica como uma mulher? Talvez ele possa ter a carta de um médico, dizendo que ele foi diagnosticado como transexual e vem passando por terapia hormonal nos últimos dois anos. Talvez ele tenha passado por uma cirurgia de mudança de sexo ou pelo menos em parte.

Desculpe, amigo, mas é ilegal que você mesmo solicite essa prova.

Isso comprova o quão loucas são essas novas leis.

Conforme relatado pelo grupo 'MassResistance', "Em 21 de dezembro, a Comissão de Direitos Humanos de Nova York anunciou que re-interpretou a lei anti-discriminação de transgêneros da cidade. O resultado é o mais radical e opressivo que temos visto até agora nos EUA e abrange todas as pessoas em suas áreas de emprego, acomodações públicas (ou seja, restaurantes, teatros, lojas, clubes de saúde, etc) e habitação. Incluem-se multas de até 250.000 dólares para cada violação".

Isto significa que se você possui um restaurante e o mesmo cenário se desenrola, desta vez com este senhor (que se identifica commo uma mulher) que acessa os banheiros femininos, imediatamente após uma jovem garotinha entrar, se você tentar pará-lo, você terá quebrado a lei.

Quem se importa em traumatizar esta menina?

Eu não estou sugerindo que o homem em questão é um predador sexual (embora esteja documentado que homens, estupradores heterossexuais têm se aproveitado dessas leis para satisfazer seus desejos doentios).

Mas estou sugerindo que os direitos desta garota são pelo menos tão importantes quanto os direitos deste homem, e é preocupante pensar que a menina poderia ser traumatizada, simplesmente para acomodar as percepções pessoais deste homem.

No entanto, as leis de Nova Iorque vão ainda mais longe.

Como citado novamente pelo 'MassResistance', algumas das novas leis consideram como infrações:

Limitar as opções de uma pessoa a apenas "masculino" e "feminino". Como isto vai funcionar não está completamente explicado.

Estereótipos Sexuais. Se uma empresa permite que as mulheres usem perucas, maquiagem, saias e jóias - também deve permitir que os homens o façam. Qualquer conversa sobre a não-conformidade de uma pessoa para as normas de gênero também é proibida.

A imposição de diferentes códigos de vestimenta baseados na identidade gênero. Semelhante a estereótipos sexuais. Por exemplo, se um restaurante exige que garçonetes a usem saias e sapatos de salto alto, deve também exigir que garçons o façam. Ou então, não pode ser exigido que apenas os gerentes do sexo masculino usem gravata.

Não seria isto nada menos que loucura? Não seria isto nada menos do que uma guerra contra o sexo?

Isto é algo que visa fazer o nosso melhor para compreender as lutas daqueles que se identificam como transgênero. Mas também é algo para virar a sociedade de cabeça para baixo no processo.

As coisas estão um pouco melhor em Washington, onde Joseph Backholm, diretor-executivo do Instituto de Política Familiar de Washington disse à mídia local: "Que eu saiba, esta é a primeira vez no país que tem havido um esforço estadual para impor a todas as acomodações públicas, que cooperem com o conceito de identidade de gênero que alguém declara".

Ele também observou, com razão: "Este é o próximo passo nessa guerra à sexualidade".

Vamos lembrar também que alguns indivíduos transgêneros afirmam voláteis quanto ao seu gênero, identificando-se como Sam (homem) um dia e Sally (mulher) no outro. Alguns até falam de misturar suas identidades de gênero, como em um liquidificador.

No entanto, essas novas leis que exigem que você, como um empregador ou colega de trabalho faça a troca diária em pronomes e nomes, se for isso que Sam (ou Sally) solicitar.

O não cumprimento pode custar-lhe mais de alguns segundos de tempo do que a maioria de nós faz em um ano - ou vários anos.

Francamente, depois de ter avisado sobre essas mesmas coisas durante anos, agora eu não estou nada surpreso ao ver os últimos desenvolvimentos.

Mas vamos acordar enquanto temos a oportunidade e protestar vigorosamente e trabalhar contra essas leis ultrajantes.

Ter compaixão por aqueles que lutam pela ideologia de gênero não nos obriga a perder a nossa sanidade corporativa.

Michael Brown é o apresentador do programa de rádio "A Linha de Fogo" e é o presidente da Escola de Ministérios "Fire". Seu livro mais recente (setembro de 2015) é intitulado "Superando a Revolução Gay: Onde Ativismo Homossexual Realmente Está Acontecendo e Como Virar a Maré".

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