Cristão que foi preso na Bielorrússia é detido no dia em que receberia liberdade

Dzmitry Dashkevich foi detido no mesmo período em que sua esposa deu à luz ao filho mais novo do casal, até o momento, ele ainda não conheceu a criança.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical FocusAtualizado: quinta-feira, 20 de julho de 2023 às 14:35
Dzmitry Dashkevich e sua esposa. (Foto: Reprodução/Twitter/Sviatlana Tsikhanouskaya)
Dzmitry Dashkevich e sua esposa. (Foto: Reprodução/Twitter/Sviatlana Tsikhanouskaya)

O cristão Dzmitry Dashkevich foi preso após apoiar protestos pró-democracia que ocorreram em 2020 na Bielorrússia. No dia em que seria solto, ele recebeu novas acusações falsas e foi mantido na prisão.

Dzmitry participou dos protestos em Minsk, capital do país, ao lado de milhares que denunciaram fraudes nas eleições através da qual o presidente Aleksandr Lukashenko

manteve seu poder. 

Essas manifestações foram violentamente reprimidas pelo regime autocrático bielorrusso. Com isso, em julho de 2022, Dzmitry foi condenado a servir em uma colônia penal depois de uma busca em seu apartamento.

Sua esposa, Nasta, disse que era esperado que ele fosse solto em 11 de julho. Mas, isso não aconteceu.

“Não sei o que dizer às crianças que estão esperando o pai em casa", contou ela.

De acordo com o site de notícias cristão CNE, as autoridades bielorrussas abriram um novo processo criminal contra o cristão, acusando-o de desobedecer às regras da prisão em que estava detido.

Segundo o Evangelical Focus, o casal tem quatro filhos. O mais novo nasceu um mês antes do julgamento do ano passado, enquanto Dzmitry estava preso. Ele ainda não teve a oportunidade de conhecer o próprio filho.

“Para mim, ficar na Bielorrússia é a decisão diária mais difícil. Não quero heroísmo. Eu só quero carregar a minha cruz”, escreveu o cristão nas redes sociais.

Dzmitry é membro da oposição ao regime há quase duas décadas. 

A organização “Human Rights Watch”, que defende os direitos humanos, denunciou que Dzmitry sofreu abusos verbais, punições arbitrárias e ameaças, durante o tempo que passou na prisão em 2011 e 2013. 

A organização líder da oposição bielorrussa “Sviatlana Tsikhanouskaya” expressou recentemente apoio à família Dzmitry, afirmando que ele era “um verdadeiro heroi da Bielorrússia”.

A repressão aos cristãos no país 

Em junho deste ano, uma igreja evangélica em Minsk foi demolida pelo regime. Na Páscoa, alguns crentes foram multados por compartilhar sua fé em público.

Os cristãos no país estão entre os milhares de cidadãos levados aos tribunais por usarem sua liberdade de expressão para propagar Jesus.

De acordo com o Evangelical Focus, novos processos legais foram abertos este ano contra os fieis, a partir de fotos encontradas nas redes sociais das manifestações de 2020. 

Dessa forma, muitos evangélicos deixaram a Bielorrússia depois que seus nomes apareceram em processos judiciais.

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