Cristãos e ateus afirmam que novas leis anti-extremismo ameaçam a liberdade de expressão

O Instituto Cristão e Sociedade Nacional Secular do Reino Unido formaram uma aliança para lutar contra a introdução dos 'Pedidos de Rompimento do Extremismo' que podem ser apresentados no próximo ano.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 22 de dezembro de 2015 às 13:54

Alguns dos líderes secularistas e agnósticos do Reino Unido estão unindo forças com um grupo de cristãos conservadores para defender a liberdade de expressão.

O Instituto Cristão e Sociedade Nacional Secular formaram uma aliança para lutar contra a introdução dos 'Pedidos de Rompimento do Extremismo' que podem ser apresentados no próximo ano.

Os grupos temem que a liberdade de expressão pode acabar cerceada, se estas propostas de extremismo avançarem.

O diretor do Instituto Christian Colin Hart e presidente-executivo da NSS, Keith Porteous Wood disse que a legislação poderia inadvertidamente transformar milhões de cidadãos comuns em potenciais extremistas durante a noite.

"A importância vital da liberdade de expressão é uma questão em que ambas as nossas organizações sempre concordaram", disseram eles.

"Nós já vimos uma tentativa de torná-lo ilegal o ato de ser 'chato' em público, por exemplo. Temos impedido processos por meras 'insultos' ao ajudar a garantir alterações na Seção 5 do Ato de Ordem Pública. Os 'Pedidos de Rompimento Extremismo' são tão maus como tudo o que vimos no passado - provavelmente piores. É mais uma tentativa de um governo em reprimir a liberdade de expressão sob o pretexto de combater o extremismo".

Hart acrescentou: "Toda vez que ministros falam sobre o extremismo eles parecem querer ir muito mais além do simples combate aos terroristas e seus simpatizantes".

"Cidadãos umpridores da lei, como cristãos, poderiam ser presos pelas definições vagas de extremismo que são cogitadas quando os ministros estão tentando falar de forma erudita".

"As políticas de combate ao extremismo têm um 'pincel largo' para pegar cidadãos comuns e são, na verdade, um desperdício de recursos. Elas não nos fazem mais seguros. Fazem-nos menos seguros, distraindo as autoridades de se concentrar em ameaças genuínas".

Porteous-Wood disse: "ativistas políticos, defensores do ambiente, bem como grupos como o nosso, todos poderiam ser marcados como 'extremistas' sob esta visão ampla".

"Já existem amplos poderes anti-extremistas à disposição das autoridades, mas estes não são plenamente utilizados. A lei já protege contra o incitamento, assédio e violência".

Ambas as organizações são membros fundadores da campanha "Defenda a Liberdade de Expressão", criada para opor-se à introdução dos "Pedidos de Rompimento do Extremismo", anunciados pela secretária do Interior, Theresa May, em setembro do ano passado. As medidas viriam em consequência das "atividades nocivas de indivíduos extremistas que espalham o ódio, mas não infringem as leis".

O primeiro-ministro David Cameron disse ao Conselho de Segurança Nacional em maio: "Durante muito tempo, temos sido uma sociedade passiva, Tolerante, dizendo aos nossos cidadãos: 'Contanto que você obedeça a lei, vamos deixá-lo em paz'. Agora, este governo vai realmente virar a página desta abordagem que falhou".

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