A decisão de proibir orações e abraços fraternos durante celebrações oficiais, escolares, corporativas e até mesmo familiares, tomada por um juiz da cidade de Cartagena, tem causado indignação entre os cristãos da Colômbia.
No dia 10 de maio, o juiz Alejandro Bonilla Aldana suspendeu efetivamente o primeiro artigo de um acordo firmado em 2007, que estabelecia a oração “no início de todas as atividades diárias nas entidades do governo, como uma abordagem para recuperar os princípios religiosos da cidade."
A decisão foi tomada depois que uma ação questionando o antigo acordo foi submetida ao tribunal. Em resposta, Bonilla não apenas respondeu à queixa, mas proibiu também o "abraço fraterno no início das atividades".
A proibição não se aplica apenas ao conselho da cidade, mas também às "empresas públicas e privadas, instituições educacionais, estações e postos de comando da polícia, batalhões militares, comícios, conselhos de empresas, centros comerciais, estações de táxi, organizações profissionais, associações e na família".
"O costume da oração não pode ser tomado como um elemento cultural generalizado, e as autoridades civis não podem impor seu exercício obrigatório, desconsiderando a liberdade de crença", disse o juiz em sua decisão.
De acordo com o jornal El Tiempo, a decisão provocou "orações em massa" na cidade de Cartagena por diversos grupos cristãos. "Ninguém pode nos proibir de orar e dar abraços", disse o pastor Lida Arias. "Esta cidade e este país precisam de mais oração e menos leis absurdas."
Um número de membros do conselho da cidade também se posicionou publicamente contra a decisão do juiz Bonilla, de acordo com o jornal El Heraldo.
A Associação de Ministros Evangélicos do departamento de Bolívar também condenou a decisão, dizendo que "a oração e os abraços fraternos quebram as barreiras entre as pessoas e permitem que elas perdoem umas as outras."
Líderes cristãos estão encorajando as pessoas a iniciar "um protesto pacífico de oração e abraços fraternos, que serão realizados em todas as áreas de Cartagena."
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