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'Deus inventou ateus para impedir a arrogância dos líderes religiosos', afirma rabino britânico
"Um ateu nos faz lembrar de uma verdade fundamental: nunca dê poder a um líder religioso, nós simplesmente não sabemos o que fazer com ele", afirma Jonathan Sacks.
Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: sexta-feira, 16 de outubro de 2015 às 13:07
Líder da maior sinagoga do Reino Unido, o rabino Jonathan Sacks tem uma excelente relação com ateus convictos. Esses vínculos o fizeram entender porque Deus permite que existam pessoas incrédulas — para desafiar os crentes a analisar sua própria fé de maneira mais profunda.
Em declarações ao site Huffington Post, Sacks afirma que é essencial que as pessoas de fé aceitem que existem pessoas que pensam de forma diferente. "Você tem que reconhecer que você está seguro no fato de que Deus te ama, mas Ele não tem que deixar de amar alguém só porque eles não são como você, não é isso que Deus pretende", disse ele.
"Eu acredito... Na dignidade da diferença. Nós todos somos diferentes, o que significa que cada um tem algo único, e Deus nos ama por aquilo que é único em cada um de nós", continuou.
Sacks revelou que tem uma "amizade maravilhosa" com o famoso biólogo evolucionista Richard Dawkins e o psicólogo Steven Pinker. "Eu os amo, eu os chamo de 'sua majestade leal da oposição'. Eu não sei se essa frase pode ser traduzida na América, mas você tem o ponto", brincou.
"Por que Deus inventou os ateus? Resposta: para impedir que líderes religiosos sejam arrogantes, para nos desafiar", explica o rabino. "'Se Deus existe, por que há tanto sofrimento no mundo?' — um ateu me pergunta isso e eu não consigo dormir à noite, porque é um bom e válido ponto. Mas a verdade é, você não tem que ser ateu para questionar isso, porque Abraão e Moisés também já questionaram."
Sacks concluiu: "Eu realmente os respeito, e eu acho que eles têm algo muito importante para nos ensinar no século 21: a secularização do poder. Um ateu nos faz lembrar de uma verdade fundamental: nunca dê poder a um líder religioso, nós simplesmente não sabemos o que fazer com ele."
"Eu acho que o ateísmo é uma parte séria dessa conversa, eu só queria que às vezes eles fossem um pouco mais gracioso sobre isso tudo", finaliza o rabino.
"Eu acho que o ateísmo é uma parte séria dessa conversa, eu só queria que às vezes eles fossem um pouco mais gracioso sobre isso tudo", finaliza o rabino.
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