O guitarrista Brian “Head” Welch esteve no auge de sua carreira no final dos anos 90 e início dos anos 2000, quando Korn se tornou uma das bandas de metal mais bem sucedidas da época. Mas nos bastidores, ele se afundava nas drogas e álcool.
Hoje, aos 48 anos, Welch tem uma vida completamente diferente. Sua história será relatada no documentário “Loud Krazy Love”, no qual revela como seus vícios afetaram seu relacionamento com sua filha, Jennea Welch.
Mesmo com dinheiro e fama, o artista se sentia vazio. “Meu passado foi marcado por muita rejeição”, disse ele à Fox News. “Não importa o quão bem sucedido eu fosse, eu sentia que as pessoas não gostariam de mim se me conhecessem de verdade. Essa é a mentira que eu acreditava. Eu mascarei isso com drogas e álcool por anos e anos. Só quando encontrei minha fé que eu aprendi a me amar”.
Jennea não teve uma infância convencional; tinha todas as suas vontades realizadas, sendo filha de um pai famoso em turnê. Mas ela também sofreu perdas. No documentário, ela descreveu momentos de sua infância em que Welch esteve ausente enquanto viajava com o Korn. Sua mãe, que também lidava com vícios, deixou os dois para trás. “Eu acho que quando fiquei mais velha, isso me afetou muito”, lembra Jennea.
Quando Welch se converteu ao cristianismo, ele estava determinado a se aproximar de Jennea, mas teve que lidar com dificuldades financeiras após sair da banda, em 2005. Embora a vida profissional estivesse em decadência, o artista foi sustentado por sua fé.
“Você passa por provações, às vezes pesadas. Às vezes parece que Deus te abandonou, mas não por qualquer motivo. Elas servem para fazer sua fé crescer e mostrar que não importa o que aconteça, você vai ficar bem. É tudo para o seu bem. É tudo por amor, é tudo para fazer de você uma pessoa forte”, observa Welch.
“Quando perdi minha casa, perdi o financiamento, perdi carros e as pessoas me traíram, era como um trabalho espiritual. Continuei trabalhando duro para tentar colocar as coisas de volta nos trilhos e vi que não precisava da banda. O dinheiro não era mais quem cuidava de mim. Deus proveu para mim. Eu venho de uma criação onde se alguém é grosseiro e difícil, você resolve fisicamente. As pessoas me traíram e você só quer sufocá-las. Mas você escolhe o perdão”, acrescentou o guitarrista.
Durante a adolescência, Jennea se viu mergulhada na depressão e ansiedade. Ela chegou a se cortar na esperança de eliminar sua dor e até considerou tirar sua própria vida. Com a ajuda de Welch, ela passou a estudar no colégio cristão Awakening Youth Academy, em Indiana, nos Estados Unidos. Ali ela se sentia parte de uma “vida normal”.
Mudança de vida
Depois de quase uma década de intervalo, Welch voltou para o Korn em 2013. No entanto, seu comportamento se tornou diferente, chegando até mesmo a promover orações com fãs nos bastidores.
Quanto ao consumo de drogas e álcool, Welch aprendeu que deve ter um posicionamento radical. “[Uma época] eu comecei a tentar beber novamente. Eu estava tipo: ‘Eu não sou alcoólatra. Depois de 10 anos, posso tomar duas taças de vinho’. Então isso se transformou em bebedeira por um mês ou mais. Então, sim, concluí que eu não posso fazer isso”, revelou.
Hoje Welch se contenta em estar sóbrio, buscar a Deus e estar perto de Jennea. “Eu simplesmente não gosto”, disse ele sobre seus antigos vícios. “Eu ainda sou um homem espiritual muito praticante. Sou cristão no fato de ter um relacionamento pessoal com Cristo. Mas há muitos cristãos que não me entendem... Isso não vai me impedir. Para mim, Deus é amor e ama a todos”.
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