Divórcios caem 10% no Brasil em 2022, com o fim do isolamento social

Este ano, os números absolutos foram 68.703 divórcios em Cartórios de Notas entre janeiro e novembro deste ano.

Fonte: Guiame, com informações do Colégio Notarial do BrasilAtualizado: segunda-feira, 19 de dezembro de 2022 às 12:03
(Foto: Drew Coffman/Unsplash)
(Foto: Drew Coffman/Unsplash)

O número de divórcios realizados em Cartórios de Notas apresentou queda de 10,4% nos 11 primeiros meses de 2022 em comparação ao ano passado, apresentando seu menor número desde o ano de 2018, informou o Colégio Notarial do Brasil, organização que congrega os tabeliães do país.

De acordo com as informações, a explicação para essa queda pode ser, principalmente, o fim do isolamento social causado pela Covid-19 e o retorno das famílias à normalidade de suas rotinas de trabalho e estudo.

Com a pandemia e o convívio mais longo entre os casais, os divórcios atingiram crescimento recorde. Foram registradas 76.671 separações em 2021, um aumento de 4% em relação ao ano anterior, justamente no ano em que a pandemia esteve no auge no país.

Este ano, os números absolutos foram 68.703 divórcios em Cartórios de Notas entre janeiro e novembro deste ano.

Os estados com maior queda no número de divórcios são Rio Grande do Norte (24,9%), Acre (22,6%), Ceará (18,2%), Rondônia (15,7%) e Tocantins e Maranhão (15,6%).

Os meses com maiores quedas foram novembro, outubro, julho e janeiro.

Números oficiais

Os dados constam da Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec), base de dados administrada pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF) e que reúne as informações dos cerca de 8 mil cartórios no país.

“Os divórcios em Cartórios de Notas vinham crescendo ano a ano, mas registraram uma explosão por dois motivos: o isolamento social que certamente contribuiu para que relacionamentos que não estavam tão bem fossem terminados, e o lançamento da plataforma e-Notariado, que permitiu a prática de diversos atos notariais em meio eletrônico, inclusive a escritura de divórcio, sem a necessidade de estar lado a lado com o ex-companheiro, de forma fácil, rápida e totalmente digital”, aponta Giselle Oliveira de Barros, presidente do CNB/CF.

Na comparação entre os 11 primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2020, primeiro ano da pandemia no Brasil, quando foram registrados 71.440 mil divórcios, a queda foi de 3,8%.

Entre o primeiro e o segundo ano da crise sanitária da Covid-19 houve crescimento de 7,3% nas dissoluções de casamento no país.

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