Uma notícia publicada sobre o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem gerado questionamentos dos mais diversos tipos por parte de internautas. Segundo uma nota publicada pelo blog "Link", do Estadão, o deputado seria dono de 287 dominíos de internet com temáticas cristãs e gastaria pouco mais de 8 mil reais por ano para pagar a manutenção destes espaços virtuais (segundo cálculos feitos pelo próprio blog). Já na notícia de mesma pauta no TecnoBlog, este cálculo chegou ao gasto de 11 mil reais. Ainda em notícia do Correio Braziliense, Cunha foi acusado de "monopolizar domínios religiosos".
Ao comentar a notícia, diversos internautas questionaram a falta de informações da matéria e sugeriram que para estes gastos (anuais) de manutenção dos domínios, o parlamentar usaria de dinheiro público.
Procurada pelo Portal Guiame, a assessoria de imprensa do parlamentar afirmou que Cunha prefere não se manifestar sobre o assunto pela falta de fundamentos para embasar tais acusações. Ainda em investigação, a equipe do Portal descobriu que o parlamentar não usa de dinheiro público para o pagamento destes domínios e também que a compra destes espaços seriam investimentos decorrentes de seu próprio site "Fé Em Jesus".
Relevância? Monopólio?
Um dos pontos que chega a ser questionável na pauta da matéria publicada pelo Estadão é: qual seria a relevância do fato de Cunha possuir domínios de internet registrados legalmente em seu nome?. O investimento tem caráter empresarial e é uma iniciativa comum entre empresários que atuam no ramo.
Quanto à acusação de "monopólio" sobre domínios virtuais evangélicos, uma breve pesquisa na internet pode mostrar que só o número de sites evangélicos já pode ultrapassar em larga a quantidade de espaços registrados no nome de Cunha - que dirá os espaços religiosos, de forma geral.
Fato é que Eduardo Cunha tem chamado a atenção de aliados e opositores por suas posições firmes sobre a votação de projetos com propostas como o casamento gay e o aborto. Segundo o parlamentar, há propostas de maior relevância social a serem votadas.
Recentemente, por exemplo, a notícia de que o Estado Islâmico estaria recrutando jovens brasileiros alarmou o Congresso Nacional e Cunha não dispensou a possibilidade de acelerar a elaboração de medidas mais específicas para o Brasil se posicionar contra o terrorismo.
Perseguição religiosa
Porém esta não é a primeira vez que Cunha é atacado com acusações que têm sua confissão de fé (cristã protestante) envolvida. Em março deste ano, Cunha foi criticado por nomear evangélicos para chefiar departamentos como o de comunicação da Casa e também a Diretoria de Recursos Humanos. As acusações se focaram no suposto "despreparo" dos nomeados.
A recente criação da Comissão Especial do Estatuto da Família gerou críticas contra parlamentares evangélicos (incluindo o próprio presidente da Câmara).
Ao comentar o fato, Cunha destacou que os deputados evangélicos têm sido alvo de discriminação.
"É preciso parar de discriminar a atuação de deputados evangélicos porque têm os seus projetos e são atendidos igual aos outros no regimento", disse Cunha em seu perfil no Twitter.
O deputado também chegou a criticar o destaque dos noticiários sobre a criação da comissão especial do Estatuto da Família, fazendo ligação com a religião evangélica – já que o projeto tem autoria do deputado evangélico Anderson Ferreira (PR-PE).
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições