Enquanto parte do mundo se fecha devido à pandemia de coronavírus, terremotos e atividades vulcânicas estão sendo percebidos por cientistas com mais frequência ao redor do planeta.
Segundo John Cassidy, sismólogo do Ministério dos Recursos Naturais do Canadá e da University of Victoria, com a redução do ruído do ambiente, aparelhos de medição estão detectando pequenos terremotos e vulcões ativos.
“Terremotos muito pequenos podem dizer algo sobre futuras erupções vulcânicas, pois o magma está se movendo profundamente na terra”, disse Cassidy ao site Global News.
No mês passado, um terremoto de magnitude 6,5 atingiu o estado de Idaho, oeste dos Estados Unidos, hoje, sem deixar vítimas ou grandes danos materiais. Houve 238 pequenos terremotos em Idaho na última semana, segundo o Serviço Geológico dos EUA.
Duas semanas antes de Idaho sentir tremores, um terremoto de magnitude 5,7 sacudiu Salt Lake City, no estado americano de Utah. Este foi o tremor mais forte na região desde 1992. Desde então, houve 886 terremotos e tremores secundários na área de Salt Lake.
De acordo com a Estação Sismográfica da Universidade de Utah, um total de 980 tremores foram mapeados em Idaho, Utah e Wyoming desde 18 de março.
Um artigo na revista científica Discover explica que a epidemia de terremotos é causada pelo “alongamento” do continente, um processo descrito em alemão como “horst and graben”.
“À medida que a América do Norte continua se estendendo pela Bacia e pela Faixa, essas falhas podem gerar terremotos enquanto os vales continuam a baixar”, explicou o artigo. “Ambos os terremotos que ocorreram recentemente em Nevada e Utah ocorreram em uma das falhas normais que delimitavam um vale”.
Na sexta-feira (10), um terremoto de magnitude 3,6 atingiu a região de Arava, no sul de Israel. O tremor ocorreu pouco dias depois de um terremoto de magnitude 4,3 ser sentido a cerca de 100 quilômetros ao sul de Eilat, com o epicentro no Mar Vermelho.
Vulcões pelo mundo
Não é apenas a região central dos EUA que está experimentando um despertar sísmico. Desde 21 de janeiro, a península de Reykjanes, na Islândia, sofreu mais de 8.000 terremotos e cerca de 10 centímetros de elevação de terra devido a intrusões de magma no subsolo.
Os geólogos acreditam que os sistemas vulcânicos da região se tornam ativos uma vez a cada mil anos. A última vez que esta região experimentou atividade vulcânica foi há 800 anos. A partir do século 10, o período vulcânico volátil durou 300 anos.
A região fica a cerca de 48 quilômetros a sudoeste de Reykjavik, capital da Islândia, mas a apenas 15 quilômetros do aeroporto internacional do país. Uma grande erupção poderia interromper as viagens para toda a Islândia e colocar em risco a cidade vizinha de Grindavik e a Lagoa Azul, um popular destino turístico. Há também uma usina geotérmica nas proximidades, que pode ser ameaçada pela atividade vulcânica.
No início da madrugada de sábado (11), o vulcão Anak Krakatau (também conhecido como Anak Krakatoa), na Indonésia, entrou em erupção após uma violenta explosão. A coluna de fumaça e cinzas subiu até 500 metros.
A explosão, que foi ouvida na capital, Jacarta, a 150 km do vulcão, foi a mais violenta e a mais longa desde dezembro de 2018, quando desencadeou um tsunami que matou 281 pessoas e deixou mais de mil feridos no país.
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