Emirados Árabes Unidos querem reconstruir igrejas destruídas pelo Estado Islâmico

O governo dos Emirados Árabes Unidos se comprometeu e reconstruir duas igrejas devastadas pelo Estado Islâmico em Mosul, no Iraque.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 22 de outubro de 2019 às 16:31
Soldados das forças especiais iraquianas em igreja destruída pelo Estado Islâmicos em Bartella, leste de Mosul, no Iraque. (Foto: Reuters/Goran Tomasevic)
Soldados das forças especiais iraquianas em igreja destruída pelo Estado Islâmicos em Bartella, leste de Mosul, no Iraque. (Foto: Reuters/Goran Tomasevic)

Mesmo sendo um país de maioria muçulmana, os Emirados Árabes Unidos irão apoiar a reconstrução de duas igrejas cristãs que foram destruídas pelo Estado Islâmico, afirmando ser a primeira nação do mundo a reconstruir igrejas no Iraque pós-guerra. 

A colaboração dos Emirados Árabes Unidos é feita em parceria com uma iniciativa das Nações Unidas, chamada Revive the Spirit of Mosul (“Reviva o Espírito de Mosul”, em tradução livre). O movimento é parte de um esforço internacional para reconstruir a segunda maior cidade do Iraque, devastada pelo EI na região de Nínive.  

Um acordo que reitera o apoio dos Emirados Árabes Unidos à iniciativa foi assinado na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em Paris, em 13 de outubro. 

O projeto é uma extensão do acordo assinado em abril de 2018, no qual os Emirados Árabes Unidos se comprometeram a destinar US$ 50,4 milhões para a reconstrução dos locais culturais em Mosul. O projeto inicialmente se referia à reconstrução da mesquita Al-Nouri e do minarete Al-Hadba.

O novo acordo compromete os Emirados Árabes Unidos a restaurar as igrejas históricas Al-Tahera e the Al-Saa'a em Mosul, cidade que foi conquistada pelo grupo terrorista em 2014 e libertada oficialmente pelas forças da coalizão apoiada pelos EUA em julho de 2017. 

De acordo com a instituição de caridade Mesopotamian Heritage, com sede na França, At-Tahira é uma igreja centenária que foi bombardeada durante os ataques em massa a Mosul em 2017. O telhado desabou, mas a porta real e as portas laterais permanecem em pé. Para piorar a situação, o péssimo trabalho de reconstrução pós-guerra piorou a condição do edifício histórico.

Al-Saa'a também é conhecida como A Igreja do Relógio, porque recebeu a imperatriz Eugénie da França, esposa do imperador Napoleão III. Com um relógio afixado em uma torre, a igreja foi construída pelos dominicanos na década de 1870. Segundo o The Telegraph, a igreja foi explodida por terroristas do Estado Islâmico em 2016. 

Além das restaurações da igreja, o acordo dos Emirados Árabes Unidos com a UNESCO inclui a construção de um museu e um memorial que poderiam gerar até 1.000 empregos. Segundo o comunicado, as novas instituições também ajudarão a economia do turismo da cidade. 

“A assinatura de hoje é uma parceria pioneira que envia uma mensagem de luz, em tempos aparentemente mais sombrios. À medida que inovamos na reconstrução, os Emirados Árabes Unidos se tornam o primeiro país do mundo a reconstruir igrejas cristãs no Iraque”, disse a ministra da Cultura e Desenvolvimento do Conhecimento dos Emirados Árabes Unidos, Noura Al Kaabi, durante a assinatura.

Embora os Emirados Árabes Unidos se orgulhem de ser o primeiro país a reconstruir igrejas cristãs em Mosul, os Estados Unidos deram US$ 400 milhões em assistência para ajudar a restabelecer e reconstruir os esforços no norte do Iraque. 

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