Uma escola particular no Rio de Janeiro (RJ) enviou uma carta aos pais dos alunos, alertando sobre o conteúdo inapropriado para crianças da série “Round 6”, lançada em setembro pela Netflix.
A produção, que se tornou a mais assistida do streaming, ficou muito popular entre os alunos e a direção do Jardim Escola Aladdin resolveu avisar os pais, ressaltando que cabe a eles decidir e orientar o que os filhos devem assistir. A carta destacou que a produção apresenta cenas de “violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, sexo e palavras de baixo calão”.
Segundo a equipe pedagógica da escola, que atende crianças da educação infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental, o objetivo de enviar o documento foi de alertar sobre a classificação etária e o teor inapropriado às crianças. "Creio que está cumprindo a sua função e sendo de grande utilidade pública", disse a equipe à Gazeta do Povo.
Na carta enviada aos responsáveis, a escola também afirma que está preocupada com o fácil acesso à nova série que as crianças estão tendo, observando que “Round 6” se tornou o assunto preferido dos alunos na hora do recreio.
A carta também informa que “a série, utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: 'Batatinha frita 1,2,3', 'Cabo de guerra', 'Bolas de gude' e outras, para assassinar a 'sangue frio' as pessoas que não atingem o objetivo final”. A indicação etária da série na Netflix é de 16 anos.
A direção da escola finaliza informando aos pais que em canais de streaming, como a Netflix, possuem ferramentas de restrição por classificação etária. “Uma ferramenta preciosa para que nossas crianças acessem somente o conteúdo apropriado à sua idade”, diz a carta.
“Sabemos que é responsabilidade da família decidir o que é melhor para suas crianças, mas enquanto educadores temos o dever de alertar e honrar o compromisso com a Educação”.
Recentemente, em entrevista ao jornal O Globo, o diretor de “Round 6”, Hwang Dong-hyuk, disse que está espantado por crianças e adolescentes estarem assistindo a série, seja pela Netflix ou através de conteúdos virais no TikTok, Instagram ou YouTube.
“Não estou em nenhuma rede social, então nem pensei na possibilidade de crianças assistirem por essas mídias. Essa obra não é para elas. Estou perplexo que crianças estejam vendo. Espero que os pais e os professores ao redor do mundo sejam prudentes para que elas não sejam expostas a esse tipo de conteúdo’, afirmou o diretor.
E completou: “Mas, se já viram, espero que os adultos as ajudem a entender o significado do que está por trás da tela. Torço para que haja boas conversas”.
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