Os terroristas do Estado Islâmico usaram um dos maiores templos cristãos do norte do Iraque para prender e abusar sexualmente de até 200 meninas e mulheres Yazidi como escravas sexuais, segundo informou um oficial militar iraquiano.
Segundo a comentarista da Fox News Holly McKay informou, os terroristas do Estado Islâmico (também conhecido como ISIS, ISIL ou Daesh) usaram a Igreja Ortodoxa Síria de São Efraim no leste de Mossul para não apenas armazenar documentos dos diferentes departamentos dentro da organização extremista, mas também prender e abusar sexualmente de mulheres e crianças inocentes de Yazidi.
McKay, que visitou o que antes foi uma das maiores igrejas de Mossul, explicou que, apesar de o local já ter sido retomado há meses por forças de coalizão lideradas pelo Iraque no seu esforço para retomar a segunda maior cidade do Iraque, o templo apresenta evidências de que meninas Yazidi foram mantidas em cativeiro e abusadas dentro do edifício0.
McKay escreveu que encontrou no chão da igreja, peças de roupas íntimas rosa e amarela, além de fitas de flores, que pertenciam às meninas Yazidi.
Como foi amplamente relatado que os militantes do grupo terrorista levaram milhares de meninas de minorias étnicas ou religiosas como reféns e as venderam ou trocaram como escravas sexuais, autoridades iraquianas disseram a McKay que até 200 meninas e jovens mulheres Yazidi estavam alojadas na Igreja de St. Efraim em algum momento.
"Encontramos documentos que mostravam que elas foram questionadas sobre suas idades, se eram casadas ou solteiras, virgens ou não, e sobre seu ciclo menstrual", disse o 1º tenente do Exército Iraquiano, Waseem Nenwaya, à Fox News.
Embora McKay tenha relatado que a Igreja de São Efraim já retomada das mãos do Estado Islâmico há meses, quando ainda estava sob domínio dos terroristas, eles transformaram a igreja em uma "mesquita dos mujahides". "Mujahideen" é a palavra árabe que é a versão plural para "jihadi" ("lutadores da guerra santa").
O Estado Islâmico assumiu o domínio sobre Mossul e áreas nas Planícies de Nínive no verão de 2014 e manteve o controle da cidade até que a coalizão liderada pelo Iraque tenha começado os esforços de libertação de Mossul em outubro passado. Depois de expulsar os terroristas do leste de Mossul, a coalizão apoiada pelos EUA iniciou seus esforços para expulsar o grupo também do oeste de Mossul, em fevereiro.
No início desta semana, as forças iraquianas anunciaram que eles expulsaram o Estado Islâmico do distrito, ao norte do centro histórico de Mossul. Agora, o grupo terrorista só tem domínio sobre dois distritos de Mossul ao longo dos bancos ocidentais do rio Tigris, segundo relatórios da Reuters.
Mas no aniversário de um ano da invasão terrorista em Mossul, em junho de 2015, o Estado Islâmico publicou avisos nas ruas da cidade, anunciando que estava transformando a igreja St. Efraim na "mesquita dos mujahideen". De acordo com a Newsweek, o templo cristão acabou se tornando o lugar onde os adeptos da jihad paraticavam a versão do islã sunita, adotada pelo grupo terrorista.
Os militantes arrancaram a cruz da cúpula da igreja e retiraram outros símbolos e móveis do templo. Os militantes substituíram a cruz com o logotipo preto e branco do Estado Islâmico.
Atrocidades
McKay também relatou que foram encontradas fotos de terroristas queimando bebês até a morte em uma laje de chapa metálica. Outras fotos mostravam cadáveres lado a lado, quando estavam sendo consumidos pelas chamas.
Na semana passada, foi relatado que 19 meninas Yazidi foram queimadas vivas pelo Estado Islâmico, dentro de uma gaiola de ferro, simplesmente porque se recusaram a ter relações sexuais com os terroristas.
"As 19 garotas foram queimadas até a morte, enquanto centenas de pessoas assistiam a tudo", disse uma testemunha à ARA News. "Ninguém poderia fazer nada para salvá-las deste castigo brutal".
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