Estado Islâmico tranca mulheres em gaiolas com caveiras, por não cumprirem a lei Sharia

Na última sexta-feira (29), o grupo militante trancou pelo menos duas mulheres dentro de gaiolas com caveiras, como punição por não seguirem o código de vestimenta da lei Shariah, no reduto sírio dos jihadistas de Raqqa.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 4 de maio de 2016 às 13:33
Mulheres são aprisionadas pelo Estado Islâmico em gaiolas, como forma de punição. (Foto: Ah Tribune)
Mulheres são aprisionadas pelo Estado Islâmico em gaiolas, como forma de punição. (Foto: Ah Tribune)

O Estado Islâmico continua empregando métodos cruéis e doentios para punir as mulheres que optaram por não aderir ao rígido código de vestuário do grupo militante, trancando-as em gaiolas com esqueletos humanos.

Na última sexta-feira (29), o grupo militante trancou pelo menos duas mulheres dentro de gaiolas com caveiras, como punição por não seguirem o código de vestimenta da lei Shariah, no reduto sírio dos jihadistas de Raqqa, segundo relatou o jornal britânico 'The Independent'.

De acordo com a agência de notícias britânica, os incidentes têm sido noticiados pela rede de notícias ativista chamada 'Raqqa Está Sendo Assassinada Silenciosamente' (RBSS), a qual alerta sobre violações dos Direitos Humanos na região.

De acordo com a 'RBSS', o Estado Islâmico primeiramente prendeu uma menina de 19 anos de idade em uma jaula "com alguns crânios". Depois de ter sido forçada a passar quatro horas na gaiola, a garota de 19 anos desmaiou e foi levada para um hospital local. No final do dia, uma outra menina foi colocada na gaiola perto da mesquita Al Nour.

O porta-voz da 'RBSS', Mohammed al-Salih disse que houve outros casos de "mulheres trancadas em gaiolas com esqueletos" como punição por não seguir código de vestimenta do grupo. Outras mulheres que tenham violado o código de vestuário foram "forçadas a dormir durante a noite em um cemitério", explicou al-Salih.

Ele acrescentou que mais "flagrantes de violações do código de vestimenta" poderiam levar à amputação de membros e até mesmo execuções.

"As leis do Estdo Islâmico, que apontam o que as mulheres podem e não podem fazer em público são totalmente opressiva", informou.

Em Raqqa, as mulheres não estão autorizadas a sair em público sozinhas. Além disso, acredita-se que as mulheres da cidade devem cobrir-se da cabeça aos pés, certificando-se de que seus cabelos e rostos estejam adequadamente cobertos ou então poderão enfrentar a punição do Estado Islâmico. Além disso, as mulheres também podem ser cruelmente punidas, se forem apanhadas amamentando em público.

Em dezembro do ano passado (2015), foi noticiado que o Estado Islâmico mutilou e matou uma mulher que foi "flagrada" amamentando em público.

O grupo terrorista tem encontrado muitas razões diferentes para matar e punir as pessoas em áreas sob seu controle ao longo dos últimos dois anos. O Observatório Sírio-britânico para os Direitos Humanos compilou uma lista de execuções do EI na Síria, que datam de junho de 2014. O grupo de fiscalização tem computou mais de 4.000 execuções levadas a cabo pelos grupo terrorista desde essa época.

O Estado Islâmico também usou gaiolas no passado para executar prisioneiros. Em Junho de 2015, o grupo terrrorista matou prisioneiros dentro de uma gaiola, afundando-os na água. Em fevereiro de 2015, o grupo terrorista também queimou vivo um piloto jordaniano enquanto ele estava enjaulado.

 

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