EUA executam líder do Estado Islâmico em operação na Síria

O anúncio da morte de Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi feito pelo presidente Joe Biden, nesta quinta-feira (3).

Fonte: Guiame, com informações de CNN e R7Atualizado: quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022 às 18:51
Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi morto pelas Forças Especiais dos EUA. (Foto: Twitter/The White House).
Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi morto pelas Forças Especiais dos EUA. (Foto: Twitter/The White House).

As Forças Especiais dos Estados Unidos executaram o líder do Estado Islâmico, o iraniano Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, num operação antiterrorismo, na Síria, nesta quarta-feira (2). 

O anúncio do sucesso da ação militar foi dada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na manhã desta quinta-feira (3). 

"Durante a noite, sob minha direção, as forças militares dos Estados Unidos no noroeste da Síria executaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados, e tornar o mundo um local mais seguro", afirmou Biden em comunicado.

Pelo menos 13 pessoas foram mortas durante e após o ataque americano, incluindo seis crianças e quatro mulheres, de acordo com a ONG de defesa civil, “Capacetes Brancos”. Segundo o Pentágono, não houve mortes entre os soldados dos EUA.

O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, afirmou em comunicado, na noite de quarta-feira (2), que a missão foi realizada pelo Comando Central dos EUA (Centcom), que controla as operações militares no Oriente Médio.

“Mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis”, disse o comunicado. O Pentágono não informou o alvo da operação especial e nem se houve vítimas civis. 


Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi morto pelas Forças Especiais dos EUA. (Foto: Wikipédia).

Segundo a CNN, testemunhas e equipes de resgate relataram que, antes da chegada das forças americanas, bombardeios e explosões atingiram uma casa na área de fronteira da  Síria e da Turquia, chamada Atmeh. A região possui uma forte presença da milícia Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), que era filiada à Al Qaeda. 

Uma testemunha em Atmeh, que não foi identificada por razões de segurança, contou que tiros de metralhadora foram disparados de pelo menos três helicópteros e minutos depois houve uma explosão.

“Ouvi de longe uma pessoa que fala árabe com sotaque iraquiano pedindo que as famílias evacuem a área porque assim ficariam seguras. Vi de longe que havia metralhadoras atirando do chão em direção aos helicópteros”, disse a testemunha à CNN.

A testemunha também relatou que ouviu sons como o de ataques de drones e que as forças do HTS estavam impedindo a entrada de civis na área. “Por volta das 3h20, os helicópteros partiram e vi uma luz distante que parecia um incêndio”, completou.

A ação militar foi o maior ataque dos EUA na Síria, desde a operação de 2019 que matou o então líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

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