EUA matam líder do grupo terrorista Al Qaeda, no Iêmen

Qasim al-Rimi foi morto em uma operação antiterrorista no Iêmen; Casa Branca não deu mais detalhes.

Fonte: Guiame, com informações do Globo e UOLAtualizado: sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020 às 15:25
Qasim al-Rimi, líder da Al Qaeda no Iêmen. (Foto: Reprodução/El País)
Qasim al-Rimi, líder da Al Qaeda no Iêmen. (Foto: Reprodução/El País)

O presidente americano, Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (06) que os EUA mataram o líder da Al Qaed no Iêmen, Qassim al-Rimi. O grupo é considerado o braço mais perigoso da rede terrorista por realizar ataques também em território americano.

O líder da organização jihadista reivindicou o ataque a tiros na base aérea base aérea de Pensacola, em dezembro passado. Na ocasião, um piloto saudita em treinamento matou três americanos no local.

Os cristãos têm sido um dos principais alvos da Al Qaeda, que promovem ataques em vários países do Oriente Médio e África.

Rimi é um dos fundadores da Al Qaeda na Península Arábica (Aqap, na sigla em inglês). Este braço é considerado um dos mais perigosos da rede jihadista global, fundada por Osama bin Laden, devido a suas tentativas de realizar ataques em solo americano.

Mais segurança

Durante seu mandato, Trump já eliminou diversos terroristas, o mais recente, Qasem Soleimani, que era o comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã .

Segundo Trump, os Estados Unidos e seus aliados estão mais seguros com a morte de Rimi.

"Continuaremos protegendo o povo americano perseguindo e eliminando terroristas que tentam nos fazer mal", disse Trump, que, apesar de confirmar a morte, não deu detalhes sobre quando a operação foi realizada nem como.

Num vídeo de 18 minutos, Rimi havia declarado que a Aqap foi responsável pelo ataque a tiros na base aérea, ocorrido no último dia 6 de dezembro. Ele chamou o atirador, o piloto da Força Aérea Saudita Mohammed Alshamrani, de "cavaleiro corajoso" e de "herói".

Alshamrani abriu fogo dentro de uma sala de aula na base, matando três pessoas e ferindo dois policiais antes que um deles o executasse após troca de tiros. Outras oito pessoas também ficaram feridas.

O ataque atraiu atenção pública para a presença de estudantes estrangeiros em programas de treinamento militares dos EUA, e expôs problemas na checagem dos alunos. Em janeiro, os EUA enviaram de volta à Arábia Saudita 21 estudantes militares dizendo que os cadetes haviam publicado posts antiamericanos em redes sociais ou "tiveram contato com pornografia infantil", incluindo salas de conversas na internet.

O anúncio de Trump confirmou indícios anteriores de Rimi havia sido morto. No final de janeiro, um suposto ataque americano por drones em Marib destruiu um edifício que abrigava militantes da Al Qaeda no leste do Iêmen.

No dia 1º de fevereiro, Trump retuitou vários tuítes e matérias da imprensa que pareciam confirmar que o ataque havia resultado na morte de Rimi. Agências de notícias não conseguiram confirmar a informação.

Torres gêmeas

Qasim al-Raymi tinha 41 anos e estava entre os poucos líderes da al-Qaeda cuja atuação terrorista remontava à época anterior ao 11 de Setembro de 2001, quando aviões comerciais foram sequestrados e jogados contra as Torres Gêmeas, em Nova York, e ao Pentágono, em Virgínia. Um quarto avião caiu num campo da Pensilvânia.

Segundo o governo americano, Raymi havia ingressado na al-Qaeda nos anos 1990, trabalhando no Afeganistão para Osama bin Laden. Ele assumiu o comando do grupo no Iêmen após a morte de Nasir al-Wuhayshi por um drone em 2015. Raymi era considerado um sucessor em potencial de Ayman al-Zawahiri, o líder egípcio de operações estratégicas do grupo que estaria escondido no Paquistão.

O grupo al-Qaeda na Península Arábica assumiu a responsabilidade por um ataque a tiros no início de dezembro de 2019 em uma base militar americana em Pensacola, Flórida, onde três pessoas morreram, de acordo com o centro americano de monitoramento de sites islâmicos (Site). O comunicado foi feito em um vídeo de 18 minutos pelo próprio Raymi.

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