Governo anula lei de ‘proteção aos pastores’ após ameaças de Disney, Coca-Cola e Marvel

O projeto de lei 757, que pretende proteger líderes e instituições religiosas que se recusassem a realizar casamentos gays, foi motivo de ameaças por parte de artistas, empresas e instituições.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: segunda-feira, 28 de março de 2016 às 19:53
Nathan Deal, governador do estado norte-americano da Geórgia, irá vetar o projeto de lei de "liberdade religiosa". (Foto: Reprodução)
Nathan Deal, governador do estado norte-americano da Geórgia, irá vetar o projeto de lei de "liberdade religiosa". (Foto: Reprodução)

O governador do estado norte-americano da Geórgia, Nathan Deal, anunciou nesta segunda-feira (28) que irá vetar o projeto de lei de "liberdade religiosa", diante da pressão de artistas, empresas e instituições.

O projeto de lei 757 pretende proteger líderes, representantes e instituições religiosas que se recusassem a realizar ou participar de casamentos gays, baseados nos princípios de sua fé.

No entanto, grandes corporações como Disney, Marvel e Coca-Cola ameaçaram boicotar o estado caso o projeto fosse aprovado como lei. Além disso, a Liga Nacional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês) insinuou que Atlanta, capital da Geórgia, não hospedaria o Super Bowl em 2019 caso a nova legislatura fosse aprovada.

Diante das ameaças, um grupo de Direitos Humanos desenvolveu uma carta com as assinaturas de diversos profissionais da indústria do entretenimento — incluindo a atriz Anne Hathaway e ator Seth MacFarlane — ameaçando boicotar filmagens feitas na Geórgia caso Deal assinasse o projeto de lei.

“A Geórgia é um estado acolhedor. É repleta de pessoas calorosas, amigáveis ​​e generosas. E é isso o que devemos desejar. Eles escolhem adorar a Deus na forma que entendem, em uma miríade de formas, em uma variedade de diferentes configurações. Eu acredito que esse é o nosso melhor lado", disse Deal em nota oficial.

"Por essa razão, vou vetar a HB 757. Eu não acho que devemos discriminar ninguém para proteger a comunidade de fé na Geórgia, da qual eu e minha família temos feito parte por toda a nossa vida", acrescentou o governador.

O veto da lei atraiu a indignação de muitos líderes e ativistas cristãos, enquanto foi inundado de elogios da comunidade LGBT.

No Twitter, Russell Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, chamou o veto de "vergonhoso". "O governador Nathan Deal vendeu a liberdade religiosa a grande pressão comercial, em mais um exemplo do que servir a Mamom pode fazer para o bem comum".

Timothy Head, diretor da Coligação Fé e Liberdade, lamentou a decisão do governo. "O HB 757 simplesmente protege pastores, igrejas e organizações religiosas de serem forçados a violar as suas crenças religiosas”, disse ele. "O veto do governador subverte a vontade do povo da Geórgia, que está apoiando este projeto de lei".

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