O vice-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Ben Rhodes disse que, embora os Estados Unidos estejam vigilantes, não há "ameaça específica" de um ataque terrorista por parte do Estado islâmico em solo norte-americano.
Na última segunda-feira (16), o grupo terrorista afirmou que os Estados Unidos estão em sua mira e que continuará atacando países responsáveis pelos ataques aéreos contra a Síria.
Rhodes recebeu perguntas difíceis de Jake Tapper CNN em uma entrevista no domingo, onde o vice-conselheiro de segurança nacional admitiu que haveria "retrocessos trágicos" no conflito contra o EI.
"Haverá retrocessos, incluindo reveses trágicos, como o que vimos em Paris, que, obviamente, era um ataque ultrajante contra um dos nossos aliados mais próximos, e, como disse o presidente, contra toda a humanidade", disse Rhodes.
"O fato é, o que temos a fazer é muito metodicamente e implacavelmente degradar essa ameaça. Nós construímos um aparelho de inteligência para coletar informações úteis contra contra o Estado Islâmico. Nós estamos exterminando alvos estratégicos, lideranças. Atingimos 'Jihadi John' na Síria, mais uma vez, o líder na Líbia que eu mencionei", acrescentou.
"Mas, obviamente, o que [estamos] fazendo aqui na Turquia está conversando com muitos dos nossos outros parceiros de coalizão sobre o que podemos fazer juntos para continuar a aplicar pressão sobre o EI, mesmo à medida que construímos sobre o trabalho que foi feito em Viena para tentar alcançar uma solução diplomática para o conflito sírio que pode trazer essa luta ao fim".
Rhodes parecia despreocupado com chamadas para deter ou adiar a permissão para a entrada de imigrantes sírios nos EUA. Ele argumentou que a coleta de informações sobre a ameaça de "combatentes estrangeiros" tem sido um ponto focal da Casa Branca durante a ascensão do EI.
Rhodes reiterou que muitos dos migrantes são as mesmas pessoas que tentam fugir do Estado Islâmico.
Em Antalya, Turquia, o presidente Obama enfatizou a importância da ajuda humanitária para os refugiados, incluindo a concessão de asilo aos sírios. Obama acrescentou que ele não concorda com o envio de forças terrestres norte-americanas para lutar contra o Estado Islâmico e defendeu a estratégia de ataques aéreos.
"Gafe"
Obama está sob crescente crítica por declarar que o Estado Islâmico foi "contido", apenas um dia antes dos ataques em Paris. A Casa Branca posteriormente argumentou que Obama estava se referindo apenas aos esforços militares do EI na região da Síria e do Iraque.
Desde os ataques terroristas da última sexta-feira (13) em Paris, novas críticas surgiram contra o presidente dos EUA, por ter se referido ao Estado Islâmico como uma equipe que teria a qualidade de um "time reserva" em 2014. Obama pareceu irritado nesta segunda-feira (16) quando os repórteres questionaram a sua política contra o EI por quatro vezes, separadamente.
"Tudo bem, então esta é uma outra variação sobre o mesmo tema e eu acho - deixe-me tentar uma última vez", disse Obama. "Estamos plenamente conscientes dos potenciais e capacidades deles para realizar um ataque terrorista. É exatamente por isso que temos vindo a montar de uma estratégia muito agressiva para ir atrás deles. Como eu disse antes, quando você está falando sobre a capacidade de um punhado de pessoas com equipamento militar não tão sofisticado, armas e que estão dispostos a morrer, eles podem matar bastante gente".
"Impedí-los de fazê-lo é um desafio para todos os países ", continuou Obama. "E se houvesse uma solução rápida e eficiente para isso, eu lhe asseguro que não apenas os Estados Unidos, mas a França, a Turquia e outras pessoas que tenham sido sujeitas a estes ataques terroristas teriam aplicado essas estratégias".
Crise com refugiados
Governadores em todos os Estados norte-americanos estão aumentando sua revogar a permissão para que refugiados sírios entrem em seus estados. Na segunda-feira 15 governadores disseram que não iriam permitir que os refugiados sírios entrassem em seus estados, temendo que alguns podem estar temporiariamente como militantes.
O governador de Michigan, Rick Snyder suspendeu uma decisão de autorização para a entrada de novos refugiados em seu Estado, declarando em um comunicado que a decisão deve continuar até que o Departamento de Segurança Interna revise suas medidas para a entrada. O estado tem uma população muçulmana e árabe considerável e a cidade de Dearborn, Michigan, tem a maior percentagem de árabes nos EUA.
Depois dos ataques da última sexta-feira em Paris, os governadores do Alabama (Robert Bentley), do Texas (Greg Abbott) e do Arkansas (Asa Hutchinson) disseram que se opõem à relocalização de refugiados sírios para seus respectivos estados.
O congressista da Carolina do Norte, Walter Jones declarou na última segunda-feira (16), que ele está pedindo ao Congresso que retire o financiamento ao o que chamou de "importação imprudente de muçulmanos radicais 'refugiados' por parte do governo Obama".
O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory divulgou um comunicado ontem dizendo que ele pediu ao governo federal, para "cessar o envio de refugiados sírios para o Estado".
"Depois dos atentados atrozes em Paris na sexta-feira à noite provocados por pelo menos um sírio 'refugiado', é desonesto para qualquer político, fingir que a abertura à chegada de "refugiados" de países islâmicos radicais não aumenta a ameaça de ataques horríveis contra os americanos", declarou Jones.
Obama acusou seus adversários de agir com rigidez por razões políticas. Na Turquia, ele afirmou: "O que eu não faço é tomar decisões porque isto ter efeitos políticos, porque, de alguma forma, em abstrato, faz a América parecer rígida ou faz com que mevejam como uma pessoa rígida".
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