Na manhã da última quarta-feira (25), a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT) ganhou destaque nas manchetes de jornais de todo o Brasil. Agora, a tão comentada gravação na qual Delcídio tenta subornar o filho de Cerveró, oferecendo diversos 'benefícios' - entre eles um jatinho particular para que o ex-diretor da Petrobrás fuja do Brasil - em troca do silêncio deste na delação premiada.
O caso do parlamentar fica marcado como a primeira execução de uma ordem prisão para um senador ainda em exercício na história da política brasileira.
Em votação aberta no Plenário, ainda na quarta-feira (25), o Senado decidiu, por 59 votos a favor, 13 contra e 1 abstenção, manter a prisão de Delcídio.
Na gravação publicada pelo jornal 'O Estado de S. Paulo' em seu canal oficial do Youtube, várias informações são reveladas, como o acesso a diversas delações, o plano de fuga para tirar Cerveró do país, enviando-o para a Espanha e até o nome da presidente Dilma Rousseff, como uma das pessoas que tinha total ciência dos procedimentos adotados para a compra da refinaria de Passadena, nos EUA.
Acordos com outros parlamentares - como o senador Romário Faria (PSB) - para esconder evidências de contas destes na Suíça também são citados na gravação.
Outro investigado pela Operação Lava-Jato, o presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha decidiu não comentar a prisão de Delcídio do Amaral.
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Em nota oficial, a defesa de Delcídio do Amaral se disse "inconformada com decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal" e disse estar convicta "de que o entendimento inicial será revisto".
"Questiona-se o fato de que as imputações tenham partido de um delator já condenado, que há muito tempo vem tentando obter favores legais com o oferecimento de informações", disse parte do texto.
Já o Partido dos Trabalhadores afirmou que não se vê obrigado a prestar qualquer "gesto de solidariedade" a Delcídio.
“Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado. Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”, afirmou parte da nota.
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