'Guerra é a única alternativa se acordo com Irã não for aprovado', afirma Obama

Obama disse ainda entender as preocupações do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Mas disse que ele está errado. "Ninguém critica o fato de que Israel tenha um forte ceticismo contra qualquer acordo. Mas o fato é que, com ajuda americana, Israel é capaz de se defender de qualquer ameaça à sua segurança."

Fonte: Guiame, com informações de Folha de São PauloAtualizado: quarta-feira, 5 de agosto de 2015 às 19:37
O presidente americano Barack Obama discursou na American University, em Washington. (Alex Wong/ AFP)
O presidente americano Barack Obama discursou na American University, em Washington. (Alex Wong/ AFP)

 

O acordo nuclear feito entre os Estados Unidos e o Irã tem sido recusado no Congresso americano pela maioria republicana e também por democratas de origem judaica. A fim de convencer os parlamentares, o presidente americano Barack Obama discursou na American University, em Washington, nesta quarta-feira (5).
 
Obama argumentou que a única alternativa ao acordo com o Irã seria uma nova guerra no Oriente Médio. Isso, para ele, seria pior para todos os países. "A rejeição a este acordo nos deixa com uma só alternativa: uma nova guerra no Oriente Médio", afirmou. "Uma guerra nuclear seria muito mais perigosa para a América, para Israel e para o mundo do que este acordo."  
 
Para exemplificar a proporção do problema que gera uma nova guerra, Obama relembrou os conflitos no Afeganistão e no Iraque, que começaram no governo do adversário republicano George W. Bush, que durou entre 2001 e 2009. "Se aprendemos algo desta década, é que guerras têm como resultado a perda de vidas e de recursos. As potências não podem agir de forma impulsiva. Não é porque a linha dura do Irã reage desta maneira que devemos ser assim."  
 
Ele criticou a oposição política que defenderem o aumento das sanções econômicas para dar fim ao programa de atividade nuclear da República Islâmica. Para ele, um acordo melhor que o conseguido "é uma fantasia". "Estes argumentos não se baseiam no conhecimento da sociedade iraniana. As sanções não vão forçar o fim de todo o programa nuclear. Tentem derrubar este acordo e vocês conseguirão um pacto melhor. Para o Irã."  
 
Obama disse ainda entender as preocupações do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Mas disse que ele está errado. "Ninguém critica o fato de que Israel tenha um forte ceticismo contra qualquer acordo. Mas o fato é que, com ajuda americana, Israel é capaz de se defender de qualquer ameaça à sua segurança."   
 
O acordo 
 
Em reunião na terça-feira (4) com lideranças judaicas, Obama disse que precisaria recorrer a uma ação militar, o que seria pior para Israel. O encontro foi uma resposta ao lobby israelense contra qualquer pacto com os iranianos.  
 
Pela proposta assinada entre a República Islâmica e as potências do grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha), o Irã se compromete a reduzir seu enriquecimento de urânio. O Teerã se compromete a permitir a inspeção das instalações nucleares por monitores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Em troca, os países retirarão sanções econômicas e políticas ao país.

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