No último domingo à noite, o apresentador Jimmy Kimmel abriu o 90º Prêmio da Academia (Oscar 2018), fazendo piadas obscenas, enquanto falava sobre os escândalos de Hollywood sobre o assédio sexual e usou um dos filmes premiados ("Call Me by Your Name") para satirizar a fé cristã do vice-presidente Mike Pence.
O filme citado por Kimmel foi indicado em três categorias da premiação e venceu como "Melhor Roteiro Adaptado". A produção conta a história de um adolescente de 17 anos, que vive um relacionamento homossexual com um adulto, professor universitário e amigo de seu pai.
Timothee Chalamet, que interpreta o adolescente no filme, também foi indicado para o prêmio de melhor ator no Oscar 2018.
“Timothee é a estrela de uma pequena, mas poderosa história chamada ‘Call Me By Your Name’, que não ganhou muito dinheiro. Na verdade, dos nove indicados na Melhor Imagem, apenas dois deles ganharam mais de $100 milhões”, pontuou Jimmy Kimmel.
“Mas esse não é o ponto. Nós não fazemos filmes como ‘Call Me By Your Name’ por dinheiro. Nós os fazemos para chatear Mike Pence”, acrescentou.
O comentário do comediante foi feito justamente pelo fato de Mike Pence assumir sua fé cristã, e em muitas ocasiões organizar reuniões de oração e estudo bíblico na Casa Branca, além de falar sobre Jesus em seus discursos.
Contextualização
Apesar da temática do filme não ser exatamente uma novidade, "Call Me by Your Name" ("Meu Chame Pelo Seu Nome") vem à tona em um contexto no qual a aceitação social da pedofilia está sendo cada vez mais difundida pela mídia.
O roteiro do filme não apresenta a relação homossexual de um adulto com uma criança, mas sim com um adolescente - o que poderia servir como argumentação para os defensores de sua temática. Porém a relação não deixa de ser indevida.
Na semana passada, a psicóloga Marisa Lobo foi condenada - sem possibilidade de recorrer - a pagar um valor total de R$ 30 mil reais por compartilhar um vídeo em suas redes sociais, que segundo ela denunciou, promovia a aceitação social da pedofilia.
"Em um momento no qual o Brasil está quarto lugar no ranking mundial de consumo de pedofilia pela internet, consumo de fotos, em que as fotos são vendidas a R$ 100 cada foto e R$ 1.000 cada vídeo... em que quanto mais nova for a criança, mais caro é o vídeo, esse consumo vergonhoso existe, porque existem pessoas assistindo a isso pela internet, comprando essas fotos e essas pessoas podem não estar literalmente tendo relações sexuais com as crianças, mas estão estimulando esse tráfico que leva ao abuso de crianças", alertou.
"Eu critiquei esse discurso de que pedofilia não é crime, porque agora a Organização Mundial de Saúde colocou a pedofilia como uma 'orientação sexual' e com isso nós estamos vendo uma confusão gigante e assim, essa prática deixa de ser crime, igualada a todas as outras orientações sexuais", continuou.
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