Homem que matou pastora que o evangelizava é condenado à prisão perpétua nos EUA

Na última segunda-feira (18), um homem condenado pelo assassinato da vereadora republicana e pastora Eunice Dwumfour, em Nova Jersey, foi sentenciado à prisão perpétua.

O juiz Joseph Paone, do Tribunal Superior de Nova Jersey, aplicou a pena máxima ao condenado por homicídio Rashid Ali Bynum, de 31 anos, após uma audiência em New Brunswick, segundo o portal NJ.com. 

Além da prisão perpétua, Rashid também recebeu uma pena adicional de 10 anos, que deverá ser cumprida simultaneamente por duas acusações de porte de arma.

Eunice, de 30 anos, foi morta a tiros dentro de seu carro em 1º de fevereiro de 2023, em frente à sua casa, em Sayreville. A filha da pastora, de apenas 11 anos, testemunhou o crime e disse ao tribunal que ainda não se recuperou do evento traumático.

“Ainda não me recuperei. Por que você matou minha mãe? Estou com dificuldade para entender o porquê?”, escreveu ela em uma declaração lida para Rashid pela promotora assistente, Kristen Pridgen. 

Até hoje, o motivo do crime não foi esclarecido. De acordo com familiares, Eunice tentava evangelizar Rashid. Seu marido, o pastor nigeriano Eze King, afirmou:

"Eunice tentou levá-lo para a igreja, estava tentando levá-lo a Cristo. Não vejo nada de ruim nisso".

O crime foi planejado

Na época do assassinato, Eunice havia se casado recentemente com Eze e era pastora na Champions Royal Assembly, uma megaigreja com sede na Nigéria, e integrava a Fire Congress Fellowship, organização cristã que mantém uma filial na Virgínia. 

Segundo investigadores, Rashid chegou a morar com Eunice quando foi recrutado para um grupo de estudo bíblico em Nova Jersey, mas acabou expulso após se recusar a seguir regras da casa.

O advogado de defesa de Rashid, Michael Ashley, alegou que ele não tinha plena capacidade mental no momento do crime. No entanto, a promotoria rebateu o argumento, mostrando que o assassinato de Eunice foi planejado.

O promotor Tzvi Dolinger explicou que Rashid começou a planejar o assassinato da pastora cinco dias antes do crime. Na audiência, a promotoria reforçou que ele viajou da Virgínia a Nova Jersey para emboscá-la.

“Ele estava no escuro, sozinho, esperando o momento perfeito”, destacou Dolinger.