Um grupo dos mais altos clérigos católicos, liderados pelo patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, responsabilizou Israel pela recente onda de violência palestina nesta quinta-feira (18). De acordo com a acusação, o Estado judeu teria criado desespero e frustração nos palestinos, os induzindo a realizar atos de terrorismo.
O clero católico divulgou sua posição em um comunicado na Comissão de Justiça e Paz da Assembleia dos Ordinários Católicos, que envolveu a participação de clérigos de diferentes ritos católicos em Israel, a Autoridade Palestina, a Jordânia e Chipre.
A declaração afirma que a situação atual dos palestinos é "desumana". O grupo ainda indica que o cerco de Gaza, as inspeções militares, as demolições de casas e o comportamento arbitrário de soldados israelenses, incentivaram os últimos cinco meses de ataques terroristas palestinos contra civis e oficiais israelenses.
De acordo com o patriarca católico, a "judaização" de Jerusalém também foi um fator de estímulo à violência palestina.
Por outro lado, os clérigos católicos não mencionaram o incentivo à violência que existe dentro da sociedade palestina, embora o documento tenha dito que "os israelenses precisam de segurança e tranquilidade".
Dirigindo-se aos líderes israelenses, a Comissão disse: "Há espaço suficiente na terra para todos nós. Todos têm a mesma dignidade e igualdade, sem ocupação e sem discriminação. Dois povos que viverão juntos e se amarão, de acordo com a maneira que escolherem. Eles serão capazes de amar uns aos outros e promover a paz juntos."
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Emanuel Nachshon, criticou fortemente a declaração do clero católico, dizendo que o endereço correto da violência eram os palestinos.
"É uma grande pena que o clero da Igreja esteja acusando a vítima, em vez de o agressor", disse Nachshon ao The Jerusalem Post. "Israel está lidando com uma onda sem precedentes de violência por parte dos palestinos, uma onda que reflete a recusa palestina em conduzir as negociações. Teria sido melhor para o clero voltar sua mensagem para os palestinos e implorar que eles voltem à mesa de negociação".
O vice-ministro da Defesa, Eli Ben-Dahan disse que as alegações feitas pelo patriarca não foram fundadas na realidade. "Durante a história dos últimos 150 anos, tem sido provado que os árabes não precisam de desculpas para cometer violência contra os judeus.”
"Com todo o respeito ao patriarca latino, ele não deve simplesmente repetir a propaganda palestina", acrescentou.
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