Igrejas são mais numerosas do que escolas e hospitais em favelas, aponta IBGE

Segundo o IBGE, 8% da população brasileira vive em favelas, com São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco concentrando quase a metade dessas comunidades.

Fonte: Guiame, com informações do Metropoles e g1Atualizado: sexta-feira, 8 de novembro de 2024 às 15:42
Favelas dobram de número no Brasil. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Favelas dobram de número no Brasil. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Nas favelas do Brasil, existem mais igrejas e templos do que a soma total de instituições de ensino e saúde, de acordo o Censo Demográfico 2022: Favelas e Comunidades Urbanas.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (08).

No total, as favelas possuem 958.251 estabelecimentos.

Dentre eles, 50.934 são igrejas ou templos religiosos, 7.896 são instituições de ensino (escolas, faculdades e cursinhos) e 2.792 são locais de saúde (hospitais, postos de saúde e clínicas).

Isso significa que, para cada hospital em uma favela no Brasil, há 18,2 estabelecimentos religiosos, e para cada instituição de ensino, existem 6,5 igrejas ou templos religiosos.

O recorte das favelas reflete um padrão semelhante ao que se observa no Brasil como um todo. No país, há 579,7 mil templos religiosos e igrejas, em comparação com 264,4 mil estabelecimentos educacionais e 247,7 mil unidades dedicadas à área da saúde, de acordo com o Censo 2022.

As favelas

O Brasil possui 12.348 favelas e comunidades urbanas, que abrigam aproximadamente 16,4 milhões de habitantes, o que representa 8,1% da população total do país, estimada em 203 milhões de pessoas.

Além disso, há 6,55 milhões de imóveis nessas áreas, dos quais 5,5 milhões (84,8%) são domicílios, conforme os dados do Censo 2022.

Em comparação com 2010, o número de favelas quase dobrou, passando de 6.329 para 12.348, e a população residente nas favelas cresceu de 11,4 milhões para 16,4 milhões, representando 8,1% da população total naquele ano.

Segundo o IBGE, esse aumento está relacionado ao aprimoramento do recenseamento.

Três estados abrigam quase metade das comunidades (46,1%): São Paulo (3.123), Rio de Janeiro (1.724) e Pernambuco (849).

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