A Confraternidade de Pastores do Estado de Oaxaca (Copaceo) condenou a perseguição religiosa contra a pequena comunidade evangélica da cidade de San Pedro Chimaltepec, onde 15 pessoas foram detidas pelas autoridades.
De acordo com a Copaceo, autoridades do município detiveram, saquearam e privaram de suas liberdades seis famílias por não contribuírem com as festas católicas locais em 18 de dezembro de 2021.
Também houve pichações, furtos e vandalismo na propriedade em que está localizada a igreja.
Os evangélicos detidos foram libertados e multados em cinco mil pesos cada, mas as seis famílias evangélicas foram expulsas da cidade. Há um total de 20 pessoas nas famílias, incluindo crianças, mulheres e homens.
Em 7 de janeiro de 2021, a Ouvidoria de Direitos Humanos do Povo de Oaxaca (DDHPO) informou que está intervindo junto às autoridades locais, “diante de possíveis violações de direitos humanos por suposta intolerância religiosa, cometidas contra 3 pessoas” em San Pedro Chimaltepec, no município de San Juan Mazatlán Mixe”.
“A liberdade de culto e de consciência nos ajudam. No México e em Oaxaca, todos temos o direito de proceder de acordo com nossas crenças, sem afetar os outros”, diz a Copaceo.
Casos de intolerância religiosa acontecem, embora em 2017, o Senado da República do México tenha aprovado reformas ao Código Penal Federal que incluem a discriminação religiosa na categoria penal de crimes contra a dignidade da pessoa, punível com três anos de prisão.
“Consideramos muito urgente a intervenção das autoridades para resolver este caso e evitar que os crentes sejam expulsos, como aconteceu com o pastor Brígido Domínguez”, disse em comunicado.
A Copaceo informou ainda que os habitantes de San Pedro Chimaltepec, presos pelas autoridades, contam com o seu apoio e destacou a importância de combater a intolerância religiosa no estado de Oaxaca.
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