Um forte terremoto de magnitude 7,3 atingiu o sul Japão neste sábado, matando pelo menos 32 pessoas, ferindo mais de 1.500 e mantendo as pessoas presas em prédios desmoronados, apenas um dia depois de outro abalo sísmico que matou nove pessoas na mesma região.
As equipes de resgate escavavam os escombros dos edifícios derrubados, lama e detritos neste sábado para tentar alcançar as vítimas, mas novos tremores dificultado os esforços pelas buscas e alimentaram temores de terremotos mais poderosos.
"Nada há mais importante que a vida humana e esta é uma corrida contra o tempo", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe, alertando que os esforços de resgate têm sido críticos com previsão de forte umidade durante a noite, o que poderia danificar ainda mais edifícios enfraquecidos e causar deslizamentos de terra.
"Queremos que as atividades de resgate continuem com o máximo esforço", disse Abe em uma reunião do governo após o desastre.
O epicentro do terremoto foi perto da cidade de Kumamoto, na ilha meridional de Kyushu e medido a uma profundidade de 10 km, disse o Serviço de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS).
Imagens de TV da área mostraram incêndios, cortes de energia, pontes que entraram em colapso e buracos na terra. Moradores perto de uma barragem foram orientados a sair por causa de temores de que poderia se desintegrar. A emissora NHK disse que, enquanto o Castelo de Kumamoto, de 400 anos, no centro da cidade foi seriamente danificado.
"Eu não me importo de ficar em pé na fila. Eu sou apenas grato por algum alimento", disse um homem de 60 anos que aguardava para receber sua refeição servidas pelas equipes das Forças de Autodefesa na cidade de Mashiki, perto do epicentro.
Fábricas de autopeças e componentes de tecnologia para empresas, incluindo a Sony Corp e a Honda Motor Co interromperam a produção, enquanto tentam avaliaram os danos.
As pessoas ainda se recuperam do terremoto de magnitude 6,4, que ocorreu na última quinta-feira e encheram as ruas após o terremoto deste sábado que atingiu a região por volta de 1:25 da manhã (horário local).
O chefe de gabinete Yoshihide Suga disse que quase 80 pessoas ainda devem estar presas ou enterradas sob os escombros. Um novo contingente de soldados podem ser enviados para ajudar, chegando até 20.000 oficiais no domingo, entre policiais, bombeiros e médicos.
"Estamos fazendo o possível para atender as vítimas", disse Suga.
Muitas pessoas assustadas se envolvem em cobertores se assentam fora de suas casas, enquanto outras se acampam em campos de arroz em áreas rurais que cercam as principais cidades. Cerca de 170 mil famílias ficaram sem energia e 385.000 sem água, segundo informou Suga.
A rede de transportes da região sofreu danos consideráveis, após um túnel ceder, uma ponte da estrada ser danificada, estradas bloqueadas por deslizamentos de terra e serviços de trem pararem, informou a imprensa. O aeroporto de Kumamoto também foi fechado.
"Nós já vimos vários tremores nesta década, superiores à magnitude 5, e ao longo dos próximos dias e semanas, nós não ficaríamos surpreso se víssemos mais terremotos desse tamanho", disse John Bellini, geofísico do USGS.
O Japão está sobre o chamado "anel de fogo", sismicamente ativo em todo o Oceano Pacífico e tem códigos de construção destinados a ajudar estruturas resistir a terremotos.
A magnitude 9 do terremoto de março de 2011 ao norte de Tóquio desencadeou um enorme tsunami e vazamentos nucleares em Fukushima. Cerca de 20.000 pessoas morreram no tsunami.
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda falou em um evento do G20 em Washington, afirmando que era muito cedo para avaliar o impacto econômico, mas as operações bancárias em Kumamoto ainda correm normalmente.
Os fabricantes, incluindo Honda, Renesas Electronics Corp e Sony suspenderam a produção após os tremores, mas nenhum grande dano foi relatado.
Famintos por Jesus
O Japão é frequentemente listado como um dos países mais ateus do mundo, com cerca de 31% de seus habitantes se declarando 'ateus convictos'.
Na sequência de uma recente viagem ao Japão, o pastor Kong Hee da igreja 'City Harvest' ('Cidade da Colheita'), em Cingapura, disse que os japoneses estão "famintos pela mensagem de Jesus Cristo", que ele espera ver um avivamento no país e pediu aos internautas de todo o mundo que orem pelo país.
"Nós temos um amor profundo pelo Japão e pelos nossos belos irmãos e irmãs em Cristo japoneses. Os seus corações estão famintos pelo Senhor Jesus e Sua Igreja. Eles estão acreditando que Deus está abrindo os céus e derramando o Seu Espírito Santo de novo sobre esta geração", Kong disse em uma postagem de sua página no Facebook, refletindo em uma viagem de ministério, na qual ele, sua esposa e co-pastora, Sun Ho, fizeram para Fukuoka, Kumamoto, Osaka e Kyoto no começo de abril.
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