No Brasil, onde quase 25% da população é evangélica, a relação entre esporte e fé é antiga. Pelo menos seis atletas da seleção brasileira na Copa do Mundo se declaram evangélicos, como Fernandinho, Thiago Silva, Alisson, Douglas Costa, Willian e Neymar.
Mas ao contrário das Copas anteriores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) proibiu a equipe de celebrar seu sucesso em campo através de qualquer expressão religiosa, alegando que a prática poderia constranger atletas de outras crenças ou agnósticos.
A medida, anunciada em junho, está alinhada com as diretrizes da própria Federação Internacional de Futebol (FIFA), que desde a Copa do Mundo de 2006 vem restringindo as manifestações religiosas em campo.
Enquanto o protestantismo vem crescendo no Brasil, muitos deixam de seguir uma conduta cristã comprometida fora dos jogos. De acordo com o pastor Luís Paulo Rocha de Mattos, o comportamento imoral fora do campo pode ser prejudicial.
“A fama e o dinheiro são sempre perigosos para o cristão. Eu preferiria ver menos jogadores se apresentando como evangélicos e mais pessoas realmente comprometidas com os padrões bíblicos”, disse ele ao site Christianity Today.
Esse é um conceito defendido por Kaká, ex-jogador de futebol que fez parte da seleção que conquistou o pentacampeonato em 2002. “O atleta cristão tem a grande responsabilidade de sempre dar um bom testemunho”, destaca. “Sempre que posso, tento demonstrar o que Deus fez na minha vida e agir de acordo com os valores bíblicos”.
À medida que cresce o número de evangélicos no futebol, também surgem oportunidades para cristãos mais maduros compartilharem suas histórias. Assim acontece com Taffarel — atleta consagrado no esporte e atual treinador de goleiros da seleção brasileira — que tem usado sua profissão para compartilhar o amor de Deus.
“Desde que convidei Jesus Cristo para viver em meu coração, comecei a contar com a força, o amor e o poder de Deus nos momentos mais importantes da minha vida. Nem tudo é um mar de rosas na vida de um seguidor de Cristo, e na minha não é diferente”, afirma Taffarel.
“Mas nos momentos difíceis, nos momentos de traição entre treinadores e diretores, nos momentos de perder a bola e encarar as críticas dos torcedores, no momento que perdi meu pai ou vi minha esposa entre a vida e a morte, e no momento de pegar o pênalti decisivo [contra a Itália], percebi a importância de não estar sozinho. Deus nunca me deixou sozinho”, observa o treinador.
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