Junto ao presidente da Palestina, Vladimir Putin participa da reinauguração da Grande Mesquita de Moscou

O presidente russo destacou que "esta mesquita se tornará um importante centro espiritual para os muçulmanos em Moscou" e criticou o Estado Islâmico.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quarta-feira, 23 de setembro de 2015 às 17:28

O presidente russo, Vladimir Putin (à direita) e o presidente turco, Tayyip Erdogan (segundo à direita) ouvem o presidente do Conselho de Muftis da Rússia, Ravil Gainutdin (à direita), durante um passeio em torno da Grande Mesquita de Moscou após a cerimônia de abertura (Foto: Reuters).

 

O Presidente da Rússia usou seu discurso na reinauração da Grande Mesquita de Moscou, para atacar grupos terroristas islâmicos que "cinicamente exploram o sentimento religioso para fins políticos".

Na abertura da mesquita de 19.000 metros quadrados e que pode comportar 10.000 pessoas, o presidente russo disse: "Nós vemos o que está acontecendo no Oriente Médio, onde os terroristas do grupo chamado Estado Islâmico comprometem uma grande religião mundial, comprometem o Islã, a fim de semear o ódio".

Considerando os 20 milhões de muçulmanos na Rússia, Putin acrescentou: "Esta mesquita se tornará um importante centro espiritual para os muçulmanos em Moscou e toda a Rússia. Vai ser uma fonte para a educação, a difusão das idéias humanistas e os verdadeiros valores do Islã". A mesquita abriu na véspera do festival religioso muçulmano Eid al-Adha.

O líder turco Recep Tayyip Erdogan, e o presidente palestino Mahmud Abbas estavam entre os convidados de honra na abertura da mesquita, que tem um prédio avaliado em 170 milhões de dólares, com uma cúpula de turquesa que levou dez anos para ser concluída.

Construída em 1904, a mesquita anterior foi demolida em 2005 paradar lugar a esta nova. De acordo com Ravil Gaynutdin, presidente do Conselho de Muftis da Rússia, esta é a maior mesquita da Europa.

Cerca de dois milhões de muçulmanos da Rússia vivem em Moscou, que agora tem seis mesquitas. Uma pesquisa recente constatou que o número de muçulmanos no mundo será quase igual ao número de cristãos em 2050.

Moscou tem trabalhado nos bastidores para persuadir os líderes ocidentais a apoiarem o presidente Assad, da Síria em uma coalizão contra o Estado Islâmico.


Repressão aos cristãos
Apesar do discurso de Putin, apontando o islamismo como uma fonte de ideias, educação e difusão de ideias, a Rússia não parece ver outras religiões - como o cristianismo, por exemplo - com lentes tão amigáveis.

O país ainda é listado pela Missão Portas Abertas como um local ainda o cristianismo ainda sofre perseguição.

"Apesar de não configurar entre os 50 países da Classificação da Perseguição Religiosa, a Rússia (54º lugar na Classificação) ainda apresenta fatores que elevam o quadro de perseguição no país", diz um informativo da Missão.

A Portas Abertas ainda alerta que os principais "motores da perseguição na Rússia são a paranoia ditatorial e o extremismo islâmico".

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