O instituto de pesquisa Barna Group divulgou um estudo sobre o avanço do ateísmo nos Estados Unidos, revelando números alarmantes no país que nasceu com fundamentos e leis baseadas em princípios bíblicos.
Segundo os dados, 1 em cada 4 adultos que não frequentam igrejas se identificam como ateus ou agnósticos. O estudo também constatou que a rejeição pela Bíblia e a falta de confiança na igreja são as principais razões pela quais as pessoas estão se afastando da fé.
O estudo foi feito com 23 mil pessoas que não frequentavam a igreja há pelo menos seis meses, e constatou que a maioria delas se identificam como ateus praticantes. Desse número, cerca de um terço disse que nunca participou de um culto cristão em suas vidas.
"Os descrentes são pessoas que descartam a ideia de que a Bíblia é santa ou sobrenatural. Dois terços afirmam que ela é simplesmente um livro de conselhos e histórias bem conhecidas, escritos por seres humanos, que contém o mesmo grau de autoridade e sabedoria de qualquer outro livro de autoajuda", disse o relatório.
David Kinnaman, presidente do Barna Group, explica: "Os dados mostram que algumas cidades – principalmente as gerações mais jovens – são mais resistentes ao Evangelho do que outras. É cada vez mais comum as pessoas deixarem a religião, Deus, as igrejas e a tradição de anos. Alguns observadores afirmam que as universidades são um terreno fértil para o sentimento ateísta. Os dados dão suporte para entender que as universidades são lugares confortáveis para os jovens que abandonaram a Deus e assumiram o controle de suas próprias vidas."
Os mais jovens são mais propensos a serem descrentes do que as pessoas mais velhas. O relatório diz que hoje, 34% de todos os descrentes tem menos de 30 anos.
As estatísticas também mostram que metade dos descrentes têm um diploma universitário, e que muito mais mulheres hoje se unindo a essa filosofia de vida – apenas 16% dos descrentes em 1993 eram mulheres, em 2013 esse número aumentou para 43%.
"Descobrir como envolver efetivamente os descrentes é difícil. Um dos resultados inesperados que descobrimos é a limitada influência das relações pessoais sobre os descrentes Eles são consideravelmente menos relacionais e menos engajados em atividades sociais do que os americanos cristãos, que lidam com relacionamentos no ministério”, acrescentou Kinnaman em sua declaração.
Outros levantamentos, como a Pesquisa Social Geral realizada pela NORC em parceria com a Universidade de Chicago, no ano passado, constatou também que o número de americanos deixando a religião está em um nível recorde, com 21%.
A pesquisa informou, no entanto, que apenas 3% dos entrevistados em sua pesquisa eram ateus, enquanto 5% foram identificados como agnóstico, que é um número bastante inferior ao das estatísticas do Barna Group.
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