Neste domingo (13), centenas de milhares de pessoas saíram às ruas para, mais uma vez, protestar contra o Governo Dilma, em uma manifestação pacífica organizada pela parceria de diversos grupos, como o Movimento Brasil Livre e o Patriotas.
Considerado o primeiro grande protesto do ano (2016) contra o atual governo federal, as manifestações ocorreram não apenas nas capitas, mas também em diversas cidades do interior dos estados, somando centenas de municípios e já comprovando uma adesão maior que os últimos protestos de 2015.
Sob condição de anonimato, a Reuters colheu depoimentos de duas fontes do governo, as quais confessaram as manifestações deste domingo podem realmente ser maiores que a do ano passado, que reuniu mais de 1 milhão de pessoas. Por sua vez,
Segundo um dos organizadores das manifestações em São Paulo, os protestos devem evidenciar ainda mais a fragilidade do Governo Dilma.
"A presidente está sem base de apoio para governar, sem governabilidade alguma. Acredito que ela estará ainda mais enfraquecida após as manifestações deste domingo", disse um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) Fernando Holiday à Reuters em São Paulo.
Os manifestantes vestiram, em sua maioria, roupas com cores da bandeira do Brasil (verde e amarela) e expunham cartazes com frases contra a presidente Dilma, contra a corrupção e também em favor do juiz Sérgio Moro e das investigações da operação Lava Jato.
No Rio de Janeiro, a concentração aconteceu na praia de Copacabana, após uma madrugada de chuva na cidade.
"Estou aqui com minha mulher e meus filhos para mostrar que estamos indignados com o presente e precisamos fazer algo para o futuro dos nossos filhos e jovens", afirmou o comerciante Carlos Andrade.
Algumas celebridades / artistas também se juntaram aos manifestantes, como por exemplo a atriz Suzana Vieira.
"Chega disso. Ninguém aguenta mais. Viva o Brasil e o Sérgio Moro", declarou a atriz.
Reação
Apesar da grande quantidade de manifestantes no RJ, um avião com a faixa “Não vai ter golpe!”, assinada pela Frente Brasil Popular - integrada por movimentos sociais e sindicatos - ainda circulou por Copacabana.
Em Brasília, um grande boneco do ex-presidente Lula vestido de presidiário ("Pixuleco") foi exposto na Esplanada dos Ministérios e os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o governo. Não houve relatos de confrontos no local.
"Hoje é uma nova chance que o povo dá para a democracia, porque perdeu a fé na democracia com tanta robalheira", disse o estudante de Direito Elias Souza, de 22 anos.
Tensão
Em São Paulo (SP) - cidade que reuniu o maior número de manifestantes em protestos pró-impeachment em 2015 - o ato deste começou na tarde deste domingo.
Carros de som e manifestantes tomaram a Avenida Paulista, com cartazes e faixas contra a corrupção e o governo, além de bonecos do ex-presidente Lula e também da presidente Dilma, vestidos de presidiários.
A quantidade de pessoas que se reuniram no total ainda não foi contabilizada. A contagem só será feita pela Polícia Militar após o encerramento completo das manifestações.
Anteriormente, as manifestações também já haviam conquistado o apoio de líderes evangélicos.
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