Meses após o assassinato de 150 estudantes cristãos, Universisade de Garissa reabre as portas

Como parte das novas medidas de segurança, um posto policial foi criado no campus, enquanto o exército queniano continua a sua longa campanha, juntamente com a União Africana para expulsar o grupo exremista Al-Shabaab da região.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 6 de janeiro de 2016 às 15:33
Pessoas olham um mural com fotos de alguns dos 150 estudantes assassinados na Universidade de Garissa, durante a trágica manhã de 02 de abril de 2015 (Foto: Reuters)
Pessoas olham um mural com fotos de alguns dos 150 estudantes assassinados na Universidade de Garissa, durante a trágica manhã de 02 de abril de 2015 (Foto: Reuters)

Nove meses após sofrer um ataque terrorista em massa, que resultou na morte de 150 estudantes cristãos, a Universidade de, no Quênia, foi oficialmente reaberta.

A BBC News informou que os funcionários e alunos devem voltar às atividades normais no campus na próxima semana, enquanto a instituição e, na verdade todo o país tenta se recuperar daquela manhã trágica.

O ataque terrorista na manhã do dia 02 de abril de 2015, foi reivindicado por militantes do grupo extremista da Somália 'al-Shabaab', no qual homens armados invadiram a faculdade e mantiveram estudantes como como reféns por mais de 10 horas, separando estudantes cristãos dos muçulmanos. A maioria dos estudantes assassinados estam cristãos.

O bispo católico Joseph Alessandro, da Diocese de Garissa celebrou a reabertura da Universidade, porém observou que a maioria dos estudantes que voltarão são muçulmanos.

Aproximadamente 650 alunos que sobreviveram ao ataque foram transferidos para um outro campus da Universidade, em Eldoret, no Quênia ocidental, para continuar os seus estudos, e provavelmente não irão retornar para Garissa, segundo informações passadas por funcionários da instituição de ensino.

Como parte das novas medidas de segurança, um posto policial foi criado no campus, enquanto o exército queniano continua a sua longa campanha, juntamente com a União Africana para expulsar o Al-Shabaab da região.

Os cristãos do Quênia se lembram das vítimas, mas também tentam superar a dor da tragédia. Uma professora cristã de Garissa, que perdeu o marido em um outro ataque liderado uma multidão muçulmana, disse que a primeira coisa que fez foi para superar sua dor, foi pedir a Deus que a mostrasse como liberar o perdão para aqueles que mataram seu marido.

A mulher, identificada pelo nome de Gladys, disse orou a Deus, pedindo que a ajudasse a perdoar aqueles que mataram seu marido e isto "foi difícil, não foi fácil".

"Mas uma coisa eu tinha que me permitir fazer: eu tinha que permitir que Deus lidasse comigo na minha dor. A única coisa que eu me senti, chegando a mim foi amor. E amo essas pessoas que fizeram isso. Eu tentei com muita força, pensar sobre isso em minha mente, mas meu coração estava me levando totalmente em direção ao amor", acrescentou.

Já em dezembro, o Bispo de Garissa, Joseph Alexander, elogiou um episódio no qual um grupo de muçulmanos arriscaram suas vidas para salvar companheiros de viagem de ônibus cristãos em outro ataque da Al-Shabaab.

"É uma coisa muito boa, um sinal concreto de que muçulmanos quenianos são contra a violência", disse o bispo.

"O Al-Shabaab agora sabe que eles não têm o apoio da comunidade muçulmana", Alexander acrescentou. "Esperamos continuar nesse sentido, porque um ano atrás, houve um ataque semelhante que causou um massacre".

 

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