Missão humanitária de Israel começa os trabalhos hoje em Brumadinho

Comitiva com 136 militares e equipamentos de busca e salvamento desembarcou em Minas Gerais na noite de domingo (27).

Fonte: Guiame, com informações do EstadãoAtualizado: segunda-feira, 28 de janeiro de 2019 às 12:19
Comitiva do IDF está no Brasil com 136 integrantes para cooperar com o resgate a vítimas em Brumadinho. (Foto: Twitter/IDF).
Comitiva do IDF está no Brasil com 136 integrantes para cooperar com o resgate a vítimas em Brumadinho. (Foto: Twitter/IDF).

As forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) chegou em Minas Gerais com 136 militares especializados em resgate, que formam sua comitiva de ajuda humanitária ao Brasil. O grupo desembarcou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG), às 21h20 do domingo (27), e foi recepcionado pelo governador mineiro Romeu Zuma.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro aceitar a oferta feita pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no sábado (26), a equipe saiu de Jerusalém em direção Brasil.

Com a hashtag IDF no Brasil (#IDFinBrazil), o grupo postou uma foto em sua conta no Twitter antes de sair de Israel com os seguintes dizeres: “Salvar vidas não é sobre o quão grande é a distância, é sobre até onde você está disposto a ir”.

A delegação inclui engenheiros, médicos, bombeiros e especialistas em buscas e resgates. Os trabalhos de resgate das vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale começaram nesta segunda-feira, 28.

Ajuda humanitária

De acordo com o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Pública da Presidência (GSI), o avião israelense “traz toneladas de equipamentos de alta tecnologia capazes de identificar a presença de corpos e de outras situações utilizando meios eletrônicos”.

Israel chega ao Brasil trazendo tecnologia de ponta, como detectores e sonares, utilizados em situações de desabamentos e grandes rupturas para cooperar com as equipes brasileiras que trabalham no resgate às vítimas do rompimento da barreira de rejeitos da Vale, na tarde de sexta-feira (25) em Brumadinho.

Até às 9 horas desta segunda-feira (28), o número oficial de mortos é de 58 pessoas. Há mais de 350 desaparecidos, cuja missão de buscas terá participação do IDF. As buscas realizadas até o momento resgatou 192 pessoas.

Ações paralelas

Os soldados israelenses (composto por homens e mulheres) começam a operar na chamada zona quente, no Córrego do feijão, onde aconteceu o rompimento, para dali serem enviados para outros locais. Segundo o porta-voz do IDF, já houve sobrevoo de helicóptero para fazer reconhecimento do local. Ele disse ter considerado as circunstâncias bastante difíceis e perigosas.

De acordo com o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros mineiro, o trabalho será feito de forma coordenada com as equipes brasileiras, composta pelos chamados grupos de resposta, de diversos órgãos, como defesa Civil, além dos 280 homens do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Ele disse que a tecnologia é um dos grandes trunfos para a operação dos grupos de salvamentos, que estão utilizando drones, câmaras termais, equipamentos de referenciamento geográfico e aparelhos para detectar sinais de celulares. “Já fizemos reuniões com o Exército de Israel sobre a parte técnica para adequar o aparato tecnologia para a realidade do nosso país”.

O IDF já participou de ajuda humanitária em tragédias de grandes proporções nos seguintes países: Grécia (1953), México (1985), Armênia (1988), Croácia (1992), Argentina (1994), República Dominicana (1994), Quênia (1988), Macedônia e Turquia (1999), Índia (2001), Egito e Sri Lanka (2004), Estados Unidos (2005), Haiti e Colômbia (2010), Japão (2001), Bulgária (2012), Filipinas (2013), Nepal (2014), México (2017).

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