Um ex-funcionário de uma empresa contratada pelo Facebook para gerenciar o conteúdo da plataforma de rede social divulgou imagens de vídeo secretas, mostrando funcionários com um viés anti-conservador que censuram deliberadamente publicações de linha conservadora, como contra o aborto, ideologia de gênero, entre outras questões.
Em um vídeo recém-lançado pelo Projeto ‘Veritas’, Zach McElroy, ex-funcionário da empresa ‘Cognizant’, filmou moderadores de conteúdo do Facebook, admitindo que eles excluíram proativamente as postagens conservadoras e pró-Trump.
Dois pesos, duas medidas
McElroy também revelou que os moderadores da Cognizant, contratada pelo Facebook, foram instruídos a não censurar um vídeo do apresentador da CNN, Don Lemon, no qual ele disse que os homens brancos são "a maior ameaça terrorista no país".
“Isso implica que os homens brancos são terroristas e, portanto, normalmente violam [as regras do Facebook sobre ‘discurso de ódio’ ou ‘desumanizante’]. Como este é um evento digno de destaque, a equipe de política de conteúdo do Facebook está permitindo uma exceção estreita para esse conteúdo na plataforma", diz o que parece ser um memorando de novembro de 2018, entregue aos moderadores.
"Obviamente, há uma intenção da parte do Facebook em apoiar empresas como a CNN e apresentadores como Don Lemon", diz McElroy.
Em um ponto das filmagens recém-lançadas, um funcionário do Facebook diz a um grupo de moderadores de conteúdo da ‘Cognizant’ que ele está pensando em excluir "cada post de Donald Trump que encontrar na linha do tempo" de um usuário da rede social. Enquanto outros moderadores riem e concordam, outro moderador de conteúdo responde "Oh, ok, eu pensei que era o único".
Censura
Outras imagens mostram os funcionários da ‘Cognizant’ dizendo que usarão seus últimos dias de trabalho como moderadores de conteúdo para eliminar o conteúdo conservador do Facebook.
"Você não deixa passar, não é? Se você vê um post conservador, simplesmente se livra dele, certo?”, pergunta um jornalista disfarçado do Projeto Veritas a uma moderadora de conteúdo da Cognizant. "Sim! Não dou a mínima, vou excluí-lo ", responde ela.
"Mesmo que esteja na política, você está excluindo isso, certo?", insistiu o jornalista.
"Sim, eu não dou a mínima! Só há mais uma semana. O que eles vão fazer?", ela questiona.
Outra moderadora de conteúdo da Cognizant disse que "excluiria todos os republicanos" em seu último dia de trabalho.
“Se alguém está usando um boné MAGA [‘Make America Great Again’, que é o slogan de Trump], eu vou excluí-lo por terrorismo e vou enlouquecer”, diz ela.
Outras imagens mostram o gerente de entrega de serviços da ‘Cognizant’, Demian Gordon, dizendo que não responsabilizaria a equipe por derrubar as postagens de Trump.
"Temos que tirar o Cheeto [Trump] do cargo", diz Gordon.
Uma moderadora de conteúdo disse a uma jornalista do Projeto Veritas que ela havia excluído postagens por simplesmente incluíram a hashtag "#MAGA".
Conclusões
Embora os vídeos tenham grandes revelações, o o CEO do Projeto Veritas, James O’Keefe reconhece que "as ações dos moderadores de conteúdo podem não ser uma evidência conclusiva de viés estrutural no Facebook". Porém soa como o sinal de alerta para uma denúncia grave.
"A história de McElroy levanta sérias dúvidas sobre o testemunho 'sob juramento' do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, no Congresso, onde ele alegou que o Facebook não tem viés político", explica.
"É muito simples que você tenha uma fórmula e que tenha um ambiente de trabalho cheio de democratas, esquerdistas, de maioria liberal, essencialmente", completa McElroy. “Eles estão sendo encarregados de moderar todo o discurso público. Facebook e Instagram são plataformas muito grandes. Uma das maiores e nossas vozes estão nas mãos de pessoas quase inteiramente esquerdistas”.
No início deste mês, o Facebook prometeu "proteger o discurso político, mesmo quando discordar dele", depois que o candidato presidencial Joe Biden pediu que o gigante da mídia social censurasse essencialmente a campanha de reeleição de Donald Trump.
Várias análises descobriram que as mudanças no algoritmo instituídas no início de 2018 impactaram desproporcionalmente políticos e sites conservadores. No ano passado, uma fonte revelou que o Facebook "diminui" o tráfego para vários sites conservadores convencionais.
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