Na Líbia, parlamentos rivais assinam polêmico acordo de paz para formar governo único

O texto de uma nova Constituição deverá ser apresentado pelo governo de unidade nacional, com um presidente, dois vices-presidentes e mais seis membros.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: quinta-feira, 17 de dezembro de 2015 às 18:50
Grupo de milícia na Líbia
Grupo de milícia na Líbia

Dois grupos que são rivais na Líbia, assinaram nesta quinta-feira (17) um acordo que prevê a formação de um governo de unidade nacional, no Marrocos. O objetivo desse acordo é por fim aos dois governos líbios, o de Tobruk, reconhecido internacionalmente, e o de Trípoli, considerado rebelde.

O pacto foi mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e abre caminho para a Líbia receber ajuda internacional na luta contra os extremistas do Estado Islâmico (EI), que por sua vez se beneficia das lutas internas para estabelecer maior presença no país. Desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, a Líbia se encontra em estado de caos.

"Hoje é um dia histórico para a Líbia", afirmou Martin Kobler, enviado da ONU ao Marrocos. "Este é apenas o início de uma longa jornada para a Líbia. A assinatura é apenas o primeiro passo para colocar a Líbia de volta no caminho certo", declarou.

Na assinatura estavam presentes os ministros de Relações Exteriores de Espanha, Itália, Turquia, Catar, Tunísia e Marrocos. Isso mostra um reflexo do apoio que a comunidade internacional ofereceu a um momento nomeado de "histórico".

O texto de uma nova Constituição deverá ser apresentado pelo governo de unidade nacional, com um presidente, dois vices-presidentes e mais seis membros. Este deverá ser referendado pelos líbios futuramente.

Este é o terceiro acordo político, em um ano, para tentar estabelecer um governo único em um país minado por conflitos entre grupos rivais e onde seguidores do EI ganham terreno.

O acordo de paz foi rejeitado por líderes dos parlamentos rivais, na véspera de ele ser assinado. Ambos disseram que o encontro representa um processo, mas afirmaram que o acordo foi imposto por potências mundiais e pediram por mais tempo para trabalharem em uma iniciativa líbia.

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