Nos EUA, senadores republicanos tentam barrar acordo nuclear com Irã

O acordo internacional apoiado pelos Estados Unidos com o Irã e outras cinco potências mundiais tem como objetivo, frear o programa nuclear desenvolvido pelo Irã. Porém, em troca desta paralisação, serão suspensas as sanções econômicas anteriormente impostas ao país do Oriente Médio.

Fonte: Guiame, com informações do Yahoo InternacionalAtualizado: terça-feira, 15 de setembro de 2015 às 17:54
Senador Mitch McConnell's é republicano e representante do Estado de Kentucky.
Senador Mitch McConnell's é republicano e representante do Estado de Kentucky.

Os republicanos do Senado dos Estados Unidos vão tentar novamente nesta terça-feira (15) avançar em uma resolução, rejeitando o acordo nuclear com o Irã. Em contrapartida, os democratas estão prontos para bloquear a medida e preservar a vitória política externa do presidente Barack Obama, que aprovou o acordo anteriormente.

Na semana passada, os democratas do Senado bloquearam a medida (GOP) que tentava obter uma resolução de desaprovação para a decisão Obama e os republicanos da Câmara elaboraram mais duas medidas para tentar novamente se opor ao acordo nuclear.

O acordo internacional apoiado pelos Estados Unidos com o Irã e outras cinco potências mundiais tem como objetivo, frear o programa nuclear desenvolvido pelo Irã. Porém, em troca desta paralisação, serão suspensas as sanções econômicas anteriormente impostas ao país do Oriente Médio.

Líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell (representante do estado de Kentucky) agendou outra votação nesta terça-feira para encerrar o debate. Não está claro se esta será realmente a última votação no Senado.

Os republicanos também estão trabalhando para elaborar uma legislação com novas sanções para manter uma postura linha-dura contra o Irã. Considerando as eleições do próximo ano (2016), os comitês de campanha republicanos também têm como alvo os democratas que apoiaram o acordo e algumas organizações que se posicionaram contra e já ameaçaram retirar suas contribuições políticas de membros do Congresso que façam coro com Obama nesta questão.

O Comitê Nacional Republicano do Congresso emitiu várias declarações na última segunda-feira (14), criticando os democratas individuais que são a favor do acordo, incluindo os em Connecticut, Flórida e Nova York.

Katie Martin, diretora de comunicação do Comitê descreveu o acordo como "uma negociação perigosa com o Irã", que irá colocar a segurança nacional e a segurança das tropas e dos aliados dos EUA em risco.


Saeed Abedini

Uma das questões relacionadas à desaprovação deste acordo por grande parte dos norte-americanos e diversos outros cristãos pelo mundo é a situação do pastor Saeed Abedini - preso há quase três anos no Irã.

Cidadão dos Estados Unidos, o cristão foi preso em 2012, sob acusações de ter conspirado contra o Estado / governo iraniano. Porém o Centro Americano para Lei e Justiça (organização de advogados que tem representado a família de Abedini neste caso) afirma que o pastor está preso pelo simples fato de assumir sua fé cristã e recusar-se a nega-la.

A aprovação do acordo com o Irã por parte dos Estados está soando com um desamparo a um de seus cidadãos e também a minimização do desrespeito aos direitos humanos fundamentais (como a liberdade religiosa), que governo iraniano continua permitir em seu país.

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