Nova-iorquinos estão menos receptivos ao Evangelho depois do ataque às Torres Gêmeas, diz missionário

Os missionários menonitas viajam para Nova York a cada 11 de setembro para levar cura e esperança aos residentes locais, depois dos ataques terroristas que mataram cerca de 3 mil pessoas em 2001. Segundo o grupo, que reúne diversas denominações cristãs, as pessoas parecem se tornar menos receptivas para o Evangelho de Jesus Cristo a cada ano.

Bryan Hess, membro da Associação dos Menonitas da Montanha Verde, em Bennington, se junta a dezenas de outras menonitas cada ano no World Trade Center, como parte de um ministério que inclui distribuindo panfletos, cantar hinos e distribuição de garrafas de água.

Nas datas da tragédia, missionários se unem para cantar hinos, distribuir panfletos e também garrafas de água nas ruas. "Os nova-iorquinos se tornaram muito menos receptivos do que eram em 2001. Naquele ano, nós distribuímos 20 mil CDs. Agora foi muito menos", disse Bryan Hess, membro da Associação dos Menonitas da Montanha Verde, em Bennington.

Ele acredita que os acontecimentos de 11 de setembro não são mais frescos na mente das pessoas, por isso eles não estão à procura de esperança como estavam anos após a tragédia. "Por que é preciso uma catástrofe para que as pessoas se voltem para Deus e busquem sua face?", questiona Hess.

Apesar da diminuição do interesse das pessoas em receber seus folhetos e ouvir os hinos, o grupo menonita irá persistir. "Jesus está aqui para curar os quebrantados de coração e para dar conforto. Há um monte de pessoas que não sabem para onde se virar", disse Hess, cujo grupo cantou hinos espirituais para trazer conforto para aqueles que visitam o World Trade Center.

"E é por isso que estamos aqui. Nós estamos aqui incentivando as pessoas se voltarem para Deus e para a Bíblia."

Mesmo com algumas reações negativas, Hess disse que a maioria das pessoas ainda apreciam o trabalho que estão fazendo. "Para nós, é preciso muita coragem para vir aqui, e para mim também. Não temos ideia do que vamos enfrentar e do que as pessoas vão pensar", disse Hess. "Pode ser um pouco difícil saber como lidar com todos, mas nosso foco está na difusão do Evangelho, sem olhar à nossa volta para ver como as coisas estão ruins".