A 'história LGBT' agora deve ser ensinada nas escolas públicas do estado de Illinois (EUA), de acordo com uma lei recentemente aprovada pelo governo local.
O governador J.B. Pritzker sancionou a lei na última sexta-feira (9), exigindo que as escolas públicas do estado do Meio-Oeste ensinem os alunos sobre as "contribuições de pessoas ligadas ao movimento LBGT para a história dos EUA".
Os defensores da lei insistem que o currículo irá conter assuntos como bullying contra estudantes que se identificam como LGBT. A lei também exige que o Conselho Estadual de Educação forneça uma lista de livros didáticos autorizados para compra sob a lei todos os anos.
A legislação diz: "Cada distrito escolar público e escola não pública, reconhecida pelo Estado, deverá, mediante dotações para esse fim, recebem uma bolsa por aluno para a compra de livros didáticos seculares e não discriminatórios".
"Somente nas escolas públicas, o ensino da história incluirá um estudo dos papéis e contribuições de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais na história deste país e deste Estado", acrescenta.
Brian Johnson, CEO da organização de defesa dos direitos LGBT 'Equality Illinois', disse sobre a legislação no ano passado: "Achamos que todos os estudantes estão em melhor situação quando lhes ensinamos toda a amplitude da história".
"Isso os torna mais propensos a entender que um elenco diversificado contribuiu para a nossa sociedade", destacou.
Em maio, o Senado estadual aprovou o projeto de lei por uma votação de 34 a 18.
Contestação
Terry Schilling, diretor executivo do American Principles Project, uma organização sem fins lucrativos em Washington, DC cuja missão declarada é restabelecer a dignidade humana como base para a sociedade americana, acredita que os ativistas LGBT estão implementando algo muito mais sinistro sob a bandeira do ensino de histórias, enquanto as escolas estão em grande parte reprovando os alunos.
"Eu não consigo pensar em nada mais estranho do que ser obcecado em ensinar crianças sobre sexualidade. Até a maioria dos pais luta com esse tópico por causa de sua dificuldade, mas de alguma forma nós, pais, estamos bem com um completo estranho ensinando", disse Schilling em um e-mail na última segunda-feira para o site 'Christian Post'.
"Os pais precisam recuperar seu papel como educadores primários de seus filhos - especialmente no que se refere à sexualidade destes. Ninguém mais tem esse direito ou responsabilidade", alertou.
A legislação adotada recentemente pelo estado Illinois sobre "o papel de pessoas LBGT na história dos EUA", ele ressaltou, é "uma expansão muito direcionada" dos cursos de educação sexual já explícitos.
"As crianças americanas de hoje nem sabem o básico da história. Elas não têm a menor ideia de como a América foi fundada. Elas já estão aprendendo que 'a América foi fundada por homens brancos que oprimiam mulheres e minorias' em vez de aprender sobre como a América realmente foi fundada: sob a noção de dignidade humana, de que todos os homens são criados iguais e têm direitos inalienáveis. Não são ensinados que líderes de direitos civis como Frederick Douglass e Martin Luther King Jr. consideravam o fim da escravidão e instituição dos direitos civis como uma continuação dos princípios fundadores e não uma contradição", relatou.
"Na realidade, a liberação sexual é uma religião secular com seu próprio conjunto de crenças. Essas leis não são apenas um ataque à inocência das crianças; elas são a imposição de um sistema de crenças através das escolas públicas", continuou Schilling.
Enquanto isso, os estudantes estão ficando para trás em áreas acadêmicas centrais, disse ele, citando pesquisas recentes do instituto 'Pew', que classificaram os estudantes americanos em 24º lugar em ciências, 39º em matemática e 24º em leitura.
"E agora, estamos adicionando conteúdo completamente irrelevante às nossas escolas, que já estão lutando com a carga atual", disse ele.
A nova lei de Illinois entrará em vigor em julho do próximo ano.
Currículos educacionais similares com foco na história LGBT também foram recentemente consagrados como lei em Nova Jersey e na Califórnia.
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