Novo atentado terrorista na França envolve decapitação e explosão em usina de gás

Ainda não se tem confirmações sobre motivações 'jihadistas' sobre o crime, mas esta possibilidade é considerada.

Fonte: Guiame, com informações da UOL Atualizado: sexta-feira, 26 de junho de 2015 às 14:10

Nesta sexta-feira (26), a cidade francesa de Lyon (centro-leste) foi assombrada por mais uma ação terrorista, na qual uma pessoa foi decapitada e pelo menos duas ficaram feridas, durante um atentado contra uma usina de gás, em sua região metropolitana.

Ainda não se tem confirmações sobre motivações 'jihadistas' sobre o crime, mas esta possibilidade é considerada.

"Segundo os primeiros elementos da investigação, um ou vários indivíduos, a bordo de um veículo, entraram na usina. Então ocorreu uma explosão", informou uma fonte à AFP.

As suspeitas de que a autoria do atentado seja de extremistas islâmicos acabam se reforçando pelo fato de que uma bandeira com inscrições em árabe foi encontrada do lado de fora da usina. Uma cabeça com inscrições em árabe também estava pendurada no portão da usina.

"O corpo decapitado de uma pessoa foi achado nas imediações da usina, mas ainda não se sabe se o corpo foi transportado para lá ou não", disse a fonte.

Segundo informações passadas por fontes judiciais, a polícia já deteve um homem suspeito de ser o autor do ataque. Ele teria contatos dentro dos serviços franceses de inteligência.

Uma investigação sobre o caso foi aberta pela Seção Antiterrorismo da Promotoria de Paris, considerando fatores, como "assassinato e tentativas de assassinato em grupo organizado e em relação a um ato terrorista".

A investigação também considera as acusações de "destruição e degradação através de uma substância explosiva em grupo organizado e em relação a um ato terrorista" e de "associação terrorista para cometer atentados contra as pessoas".

Apesar de estar em uma viagem oficial à América do Sul, Manuel Valls - primeiro-ministro francês - ordenou que a segurança fosse reforçada nos arredores da usina atacada. Ele também solocitou que o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve compareça ao local do ataque.

Charlie Hebdo
O ataque terrorista de hoje (26), aconteceu em um tempo no qual a França ainda se recuperava do massacre na revista satírica Charlie Hebdo (janeiro / 2015). Em um tiroteio, 17 pessoas foram executadas. O atentado - que teve motivações também religiosas - gerou grande comoção mundial e até mesmo reergueu o debate sobre limites entre liberdade de expressão e o extremismo religioso.

Dias depois do ataque à revista, mais dois atentados aumentaram o pânico dos cidadãos franceses, assombrados pelo terrorismo.

Na manhã desta sexta-feira, o gabinete do ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve informou que ele iria "imediatamente" para a usina, onde ocorreu o atentado.

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