A manifestação pela democracia, que aconteceu neste domingo (25), na Avenida Paulista, chamou a atenção pela quantidade de bandeiras de Israel que tremulavam ao lado ou junto a bandeiras do Brasil.
Apesar da presença da bandeira israelense em atos públicos realizados pela direita brasileira, constituída majoritariamente por conservadores e cristãos, desta vez a quantidade maior chamou a atenção de comentaristas políticos e da imprensa.
O Jewish Breaking News escreveu em seu Instagram:
“Estima-se que 700.000 pessoas, incluindo o líder da oposição e ex-presidente Bolsonaro, marcharam hoje em São Paulo, Brasil, exigindo o impeachment do presidente Lula por seus recentes comentários comparando as operações israelenses em Gaza às nazistas no Holocausto e por sua perseguição judicial e censura.”
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Para os comentaristas políticos, as bandeiras de Israel na manifestação foi uma demonstração de apoio a Israel, após falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consideradas antissemitas, que abriram uma crise diplomática com o país do Oriente Médio.
Recentemente, Lula comparou as ações militares israelenses contra o Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto, o que foi classificado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, como palavras “vergonhosas e graves”.
Segundo o ex-deputado estadual Fernando Capez, atualmente comentarista político da Jovem Pan, a grande quantidade de bandeiras de Israel na manifestação da Paulista se deve à fala “infeliz do presidente Lula, que quis se colocar contra a reação do exército de Israel na Faixa de Gaza". Para ele, a comparação ao Holocausto “magoa profundamente o povo judeu”.
O interesse pela bandeira de Israel foi percebido pelos ambulantes, que vendiam o estandarte na Paulista por R$ 50,00. Além das tradicionais, os vendedores também ofereciam versões adaptadas da bandeira israelense, com frases ou figuras como a de um leão.
Com as bandeiras de Israel na manifestação, os participantes quiseram deixar claro que o brasileiro não é antissemita. E o recado foi entendido. Influenciadora digital, Renata Barreto disse em seu Instagram: “Brasil não é antissemita, Lula!”
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‘Nação Santa’
Para os cristãos, portar a bandeira de Israel é declarar amor à nação de Deus e seguir diversos mandamentos bíblicos, como o que está em Salmos 122: 6-9:
“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam.
Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios.
Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Paz esteja em ti.
Por causa da casa do Senhor nosso Deus, buscarei o teu bem.”
Em entrevista ao Guiame, ao comentar a fala de Lula, o pastor Joel Engel disse que “este foi o pior de todos os prejuízos que nossa nação já teve no decorrer de toda a história, ao ter um presidente contra a Nação Santa, a nação escolhida por Deus, a nação mais amada aqui no Brasil”.
“Todo cristão ama e respeita Israel, que é o berço da religião monoteísta e de toda a Palavra de Deus. Tudo nasceu em Israel, tudo o que nós cremos e amamos, tudo que nós respeitamos e reverenciamos está na Palavra de Deus desde a criação”, disse.
Em seu discurso na Paulista, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também destacou a relevância de Israel para os cristãos e orou pelo país:
“Eu louvo o teu nome e te agradeço, Pai. Peço que os teus olhos estejam sobre as nossas vidas e que a tua verdadeira shalom esteja dentro dos muros de Israel. Nós abençoamos o Brasil. Nós abençoamos Israel, em nome de Jesus. Amém. Aleluias. Aleluias. Glória a Deus.”
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