O Facebook se tornou a nova igreja, diz Mark Zuckerberg

Zuckerberg quer que os usuários tenham um papel semelhante aos pastores nas igrejas. Ele acredita que o site pode oferecer a mesma sensação de comunidade que as congregações.

Fonte: Guiame, com informações de The IndependentAtualizado: quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 12:21
Mark Zuckerberg acredita que o Facebook pode preencher o papel das igrejas. (Foto: Josh Edelson/AFP)
Mark Zuckerberg acredita que o Facebook pode preencher o papel das igrejas. (Foto: Josh Edelson/AFP)

O Facebook se tornou a nova igreja, conforme sugeriu o fundador da rede social Mark Zuckerberg. Ele acredita que o site pode oferecer a mesma sensação de comunidade e preencher o papel desempenhado pelas congregações.

Zuckerberg anunciou recentemente uma nova missão para a rede social, que irá se concentrar no crescimento de grupos e comunidades a fim de “aproximar o mundo”, segundo informou em uma reunião de cúpula do Facebook.

Para isso, o empresário quer que os usuários comecem a exercer um papel semelhante aos pastores nas igrejas. Ele acredita que a rede social pode ser usada para unir uma sociedade “dividida” e fazer os usuários se sentirem “parte de algo maior”.

“Enquanto tenho viajado ao redor do mundo e aprendido sobre lugares diferentes, percebi que uma coisa é clara: grandes comunidades têm grandes líderes. Pense nisso. Uma igreja não é apenas um grande grupo. Ela tem um pastor que cuida do bem-estar de sua congregação e se certifica de que eles tenham comida e abrigo”, ele comparou.

“Os líderes definem a cultura, nos inspiram, nos dão segurança e olhar por nós”, continuou Zuckerberg. “As comunidades nos dão essa sensação de que somos parte de algo maior que nós mesmos, que não estamos sós, que temos algo melhor pela frente para se trabalhar”.

“As pessoas que vão à igreja são mais propensas a se oferecerem às instituições de caridade — não apenas porque são religiosas, mas porque são parte de uma comunidade”, o empresário observa.

“É marcante notar que, durante décadas, a participação em todos os tipos de grupos diminuiu”, disse ele, fazendo referência também às igrejas. “Por isso, muitas pessoas agora precisam encontrar um senso de propósito e servir de apoio em outro lugar.”

Zuckerberg observou que enquanto o site tem quase dois bilhões de usuários, apenas 100 milhões deles fazem parte de “comunidades significativas”. Ele pretende subir esse número para um bilhão.

“Se pudermos fazer isso, não iremos apenas contornar a queda do número de membros nas comunidades que temos visto ao longo de décadas, mas vamos começar a reforçar a nossa fábrica social e aproximar o mundo”, disse ele.

Os enganos do Facebook

Enquanto Zuckerberg usa uma mensagem motivacional para incentivar as pessoas a substituírem suas igrejas pelas comunidades do Facebook, pastores como T.D. Hale, de Ohio, nos Estados Unidos, têm alertado os cristãos sobre os enganos que essa proposta pode trazer.

“‘Esqueça a igreja, deixe o Facebook ser a sua nova comunidade’. Me pergunto quantos de vocês se deixaram levar por esta mentira? Quantos foram enganados pelo diabo? Quantos pararam de doar ao ministério? Quantos pararam de ir à igreja?”, ele questionou nesta terça-feira (27).

“Não é com os Illuminati que você tem que se preocupar, mas sim com as mentiras do Facebook”, Hale alertou, pontuando falsos argumentos como “não pague dízimos”, “não vá à igreja”, “você não precisa ter um pastor”, “você pode viver uma boa vida mesmo assim”, “os gays estão bem, você é que tem um problema”.

Para rebater a mensagem de Zuckerberg, o pastor Hale ainda usou a passagem bíblica de Hebreus 10:25: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia”.

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