Organização que denunciou venda de fetos abortados é processada nos EUA

O Centro para o Progresso Médico - grupo que lançou os vídeos que supostamente expuseram a 'Planned Parenthood' - disse em um comunicado após o anúncio oficial do Condado de Harris, que ele usou "as mesmas técnicas à paisana que jornalistas investigativos" costumam usar.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 26 de janeiro de 2016 às 17:57

Os ativistas pró-vida que lançaram uma série de vídeos no ano passado, denunciando o envolvimento de parte da equipe da rede de clínicas de aborto 'Planned Parenthood' na venda de partes dos corpos de bebês abortados foram indiciados por um júri em Houston, enquanto as acusações contra as ações contra a clínica ainda não foram julgadas.

O jornal norte-americano 'Houston Chronicle' informou na última segunda-feira (25) que os responsáveis pela produção dos vídeos, David Daleiden e Sandra Merritt foram indiciados sob a acusação de usar indevidademente registros que seriam de competência do governo - o que é um crime de segundo grau e poderia levar a até 20 anos de prisão.

Daleiden foi ainda acusado pela participação na compra ou venda de órgãos humanos, porque nos vídeos disfarçados, ele ofereceu aos empregados da 'Planned Parenthood', uma oportunidade para que eles lhe vendessem partes de bebês abortados.

O procurador do Condado de Harris, Devon Anderson explicou em um comunicado que o inquérito tem durado mais de dois meses.

"Como eu disse no início desta investigação, temos de ir para onde a evidência nos leva", afirmou Anderson. "Todas as provas descobertas no curso desta investigação foram apresentadas ao júri. Eu respeito a sua decisão sobre este caso difícil".

O Centro para o Progresso Médico - grupo que lançou os vídeos que supostamente expuseram a 'Planned Parenthood' - disse em um comunicado após o anúncio oficial do Condado de Harris, que ele usou "as mesmas técnicas à paisana que jornalistas investigativos" costumam usar e argumentou que seguiu todas as leis aplicáveis para gravar e publicar esses vídeos.

"Nós respeitamos os processos do procurador do Condado de Harris, mas note que a compra de tecido fetal requer um vendedor também. A 'Planned Parenthood' ainda não pode negar que sua liderança esteja envolvida na venda de órgãos fetais, como foi registrado naqueles vídeos para todo mundo ver", o grupo disse.

Por sua vez, a 'Planned Parenthood' negou que tenha se envolvida em qualquer atividade ilegal e argumentou que os vídeos foram editados 'tendenciosamente' em uma tentativa de enganar o público. A clínica de abortos disse que ele não lucra com a venda de tecido fetal, mas apenas recebe os reembolsos pelos custos de preservação do tecido para o uso em pesquisas científicas.

Rochelle Tafolla, um porta-voz da 'Planned Parenthood' da Costa do Golfo, que dirige a clínica de Houston (Texas / EUA), disse que a organização se sente vingada depois de ter sido seu nome "limpo" de acusações.

"É uma grande notícia, porque demonstra que o que temos dito desde o início, o que é que a 'Planned Parenthood' está seguindo todas as regras e que essas pessoas entraram em nossos edifícios sob o disfarce de profissionais da saúde, quando suas verdadeiras intenções eram espalhar mentiras", argumentou Tafolla.

A Federação Nacional do Aborto, também comemorou a decisão do grande júri, e disse:

"Como já sabia o tempo todo, David Daleiden é aquele que quebrou a lei, não os provedores de aborto."

Grupo pró-vida Live Action presidente Lila Rose atirou de volta contra a decisão, no entanto, e argumentou que Daleiden e sua equipe fizeram um "serviço público enorme, expondo os horríveis crimes contra a humanidade que Planned Parenthood se esconde por trás de portas fechadas."

"A investigação do Centro para o Progresso Médico forçou a 'Planned Parenthood' - uma bilionária corporação financiada por impostos - a admitir que existe a coleta e venda de peças de bebê abortados", disse Rose em um comunicado.

Ela acrescentou que um dos promotores do escritório do procurador distrital serve como membro do conselho de uma afiliada da 'Planned Parenthood', envolveu-se no caso.

"É inaceitável que o escritório não recuse-se a eliminar todas e quaisquer dúvidas de viés potencial. Um promotor especial deve ser nomeado agora para rever toda esta investigação", Rose pediu.

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